Ao contrário do presidente municipal do PP, Cacá Leão, que projetou a reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil) com 72% dos votos, a comandante do PCdoB na capital baiana, Aladilce Souza, estimou uma vitória em segundo turno do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na disputa pelo Palácio Thomé de Souza.

Na avaliação da dirigente comunista, "de véspera ninguém se elege". "Eu acho que a gente leva a campanha para o segundo turno, e no segundo a gente ganha. Ele vai ficar com uns 35% e a gente vai para o segundo turno. Nós já vimos esse cenário [em 2006]. A gente precisa começar a discutir e conseguir apaixonar o povo. Tem que apaixonar o povo. O que estou propondo é as pessoas entenderem o seu papel e fazê-las ver o que estão sofrendo com os direitos constitucionais que lhes são negados", propôs a ex-vereadora, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Diante do cenário, na opinião de Aladilce, o Programa de Governo Participativo (PGP) do emedebista precisa "ter um olhar especial para os servidores" e contemplar prioritariamente os segmentos da saúde, meio-ambiente, combate à pobreza, transporte e ensino público.

Para ela, o principal ponto fraco da atual gestão é a educação inclusiva. "As crianças que têm alguma deficiência não estão podendo frequentar a escola porque não tem ADI [Auxiliar de Desenvolvimento Infantil]. O prefeito precisa resolver isso. O atual, Bruno Reis. Já! Tem 'assim' de reclamação no Ministério Público, porque o Município é obrigado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. [...] Essas crianças estão sendo proibidas, o direito está sendo negado", apontou.

Em relação à eleição proporcional, a presidente do PCdoB admitiu dificuldades na federação com o PT e o PV, em que só poderá apresentar 13 ou 14 candidatos, mas mantém a meta de eleger três vereadores – além dela própria, os principais nomes são os atuais integrantes da Câmara, Augusto Vasconcelos e Hélio Ferreira.

"Estamos com a expectativa de aumentar a bancada para três, quem sabe quatro, e nós estamos batalhando para isso. A expectativa da federação, para quem faz conta, e eu não sou boa na matemática eleitoral, é de fazer cinco ou seis. Estamos lutando, fazendo campanha e discutindo a cidade", afirmou.

Confira a entrevista na íntegra:

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