Figura histórica do MDB, aos 76 anos e em seu oitavo mandato consecutivo – ficou na suplência em 2020, mas assumiu a cadeira deixada por Geraldo Júnior, eleito vice-governador em 2022 –, o vereador Alfredo Mangueira ainda não decidiu se tentará a reeleição em outubro.

Por enquanto, a sua única definição é a saída do partido pelo qual construiu boa parte de sua carreira política e onde está há 20 anos. "Por enquanto eu estou sem partido, certo? Mas se eu vou ser candidato ou não, eu só posso dizer em abril, no apagar das luzes. Aí eu digo qual é o partido que eu vou e se eu vou sair candidato", estimou o legislador, em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM.

Apesar de sua boa relação com os irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima, Mangueira revela que praticamente foi "despejado" da agremiação emedebista por Geraldo, que só ingressou na sigla há quatro anos.

"A situação ficou inviável. Geraldo já me botou para fora. Já me disse 'não' e já estou fora. 'Pode sair. Se ele não sair eu expulso ele'", relatou Mangueira, ao repetir o que diz ter escutado do prefeiturável governista.

No entanto, segundo o vereador, a grita ocorreu em um momento de fúria do vice-governador. "Mas aí eu vi que foram só as palavras pesadas quando ele está enraivado, né? Ele não fez até agora, me considerou, então estamos aí", completou.

Antes do MDB, Mangueira se elegeu pelos extintos PDC (1992), PPB (1996) e PFL (2000). Procurado pela reportagem, Geraldo Júnior não respondeu ao questionamento sobre a sua versão do fato.

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