Presente à sessão da última terça-feira (26) na Câmara Municipal de Salvador, Luís Eduardo Magalhães Guinle, neto do deputado federal homônimo e bisneto do senador Antônio Carlos Magalhães, ambos falecidos, gerou buchichos entre os vereadores.

Levado à Casa pelo primo, o chefe da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final, Paulo Magalhães Júnior (União Brasil), ele foi convidado pelo presidente Carlos Muniz (PSDB) a ocupar um dos assentos da Mesa Diretora. No plenário, logo os comentários dos edis assustados com o pedigree passaram a ser: "Será que ele será candidato?".

"Nessas eleições eu não tenho pretensão de ser candidato a vereador. Eu vim, na verdade, conhecer a Casa, dialogar com os vereadores, mais especificamente com o meu primo. A minha pretensão, na verdade, é exercer uma candidatura em 2026 para deputado federal. Esse é o meu grande sonho e já estou há mais ou menos dois, três anos trabalhando para isso, dialogando com as lideranças e, acima de tudo, conhecendo o estado e as suas demandas. Tenho ido para todas as regiões para conhecer as necessidades das pessoas", explicou o novo integrante do clã, em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM.

Apesar da histórica relação de sua família com o atual UB – anteriormente PFL e DEM –, o partido pelo qual ele disputará uma cadeira no Congresso Nacional ainda não está definido.

"Eu ainda não defini partido, mas é claro que o União Brasil é um partido que me interessa pela relação que a minha família tem com o partido, meu bisavô ACM, meu avô Luís Eduardo e meu também primo ACM Neto. Só que, enfim, as coisas mudaram, o partido fez uma fusão, e já tem um novo grupo hoje. Então eu, na verdade, pretendo entrar em um partido que esteja na coligação do meu primo, mas ainda não escolhi. Eu tive o convite do PSDB, que é liderado aqui na Bahia por um grande amigo, o deputado federal Adolfo Viana, e agora é presidido oficialmente pelo deputado estadual Tiago Correia. Tive uma conversa também com o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, que me fez esse convite, mas hoje o PP, no sentido estadual, está mais alinhado à base do governador Jerônimo [Rodrigues, PT], o que é algo sensível para mim. Apesar de não ter nada pessoal contra o governador, ideologicamente eu sou contra o governo", constatou.

Ainda com forte sotaque paulista, Guinle tem 23 anos e retornou a Salvador no início do ano, após longa temporada em São Paulo, onde estudou Relações Internacionais e teve experiência com a administração pública. Atuou na articulação política da Casa Civil durante o governo Rodrigo Garcia e como assessor especial do prefeito de Jundiaí Luiz Fernando Machado (PL).

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