Presidente municipal do PSDB, a vereadora Cris Correia admitiu que o seu partido pleiteia ampliar os espaços atualmente ocupados na Prefeitura de Salvador.

Para tanto, de acordo com ela, a cúpula tucana já iniciou as tratativas com o prefeito Bruno Reis (União Brasil). A agremiação ocupa atualmente a Secretaria Municipal de Gestão, mas pretende transferir o atual titular da Semge Rodrigo Alves para a Educação e ainda conta com a possibilidade de fragmentação da Promoção Social e Combate a Pobreza (Sempre) para que seja criada a pasta de Esporte e Lazer. O vereador Téo Senna e o primeiro suplente da sigla, Felipe Lucas, são os nomes mais cotados, caso a ideia se concretize.

"De fato, o PSDB cresceu e a gente deve, sim, conversar com o prefeito para ocupar outros espaços na prefeitura, porque as demandas também crescem da sociedade. A nossa representatividade hoje é maior, né? É bom que a gente pense muito nessa perspectiva de que nossa representatividade na sociedade é maior. Se antes a gente tinha três vereadores, a gente dobrou. Hoje, a gente tem seis, com a federação. Então, claro que também cresce a nossa representatividade nessa sociedade soteropolitana e, consequentemente, crescem as nossas demandas, o nosso compromisso e a nossa responsabilidade para com essas pessoas. As conversas já começaram e eu tenho certeza absoluta de que vai ser decidido o que for melhor para a sociedade soteropolitana", pontuou Cris, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Além dela, foram eleitos no último pleito realizado em outubro Carlos Muniz, Daniel Alves, Téo Senna, Ricardo Amaral e Isabela Sousa (Cidadania). Embora seu nome tenha sido especulado para a Smed, Cris Correia nega que poderá assumir uma função no Executivo a partir de janeiro.

"Para mim é uma alegria e uma honra se o meu nome foi cogitado, mas Cris não será secretária de Educação. É claro que essa é uma área em que eu tenho um longo e intenso trabalho. Eu sou uma ativista da educação, primeiro porque eu acredito que só com a educação a gente muda a sociedade. Segundo porque eu sou a prova viva de que a educação transforma o ser humano. Eu não tenho dúvida que foi por conta do meu processo de formação, do meu processo educacional, que hoje eu sou a Cristiane que sou. Quando eu digo que eu sou a Cristiane que sou, não é porque eu estou vereadora, mas por ser uma cidadã de bem e trabalhadora, como a maioria dos brasileiros e dos baianos", comparou.

Em relação à disputa pela composição da nova Mesa Diretora da Câmara, a dirigente tucana acredita que a legenda será representada apenas pelo presidente e candidato à reeleição Carlos Muniz.

"Espaço a gente gostaria, mas eu acho que a gente já tem aí um grande espaço, porque o presidente da Mesa é do PSDB. A lógica que norteia a divisão dos espaços no Legislativo, ou até mesmo no Executivo, nas alianças partidárias, é muito simples, que é a questão da proporcionalidade. Então, naquele ambiente legislativo, todos os partidos são contemplados nos diversos espaços que ali existem. Então, o PSDB, ele já é contemplado na mesa com o nosso presidente, que é o vereador Carlos Muniz, que fez por onde ser reconduzido. Nesse seu primeiro mandato, ele conduziu a Câmara de forma muito democrática. Ele é muito diplomático, tem uma boa escuta e está sempre aberto às discussões que nós vereadores achamos que são pertinentes, não só para o bom funcionamento da Casa, mas também para a sociedade soteropolitana", opinou a vereadora.

Favorito a renovar o mandato de presidente, Muniz já tem 40 votos declarados dos seus pares e irá disputar o comando da Casa contra Hamilton Assis (PSOL) no próximo dia 2 de janeiro, a partir das 9h.

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