O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, disse "festejar" que o seu segmento seja discutido no debate eleitoral deste ano.

No entendimento do titular da SSP, as prefeituras são "tão importantes" quanto o governo na prevenção à violência, não apenas com as ações de Educação, Saúde e Lazer.

"A segurança é dever de Estado, mas uma responsabilidade de todos. O Município tem um papel fundamental na Segurança Pública. Seja no ordenamento do solo, na iluminação, na arquitetura ou nos parâmetros do plano diretor de crescimento da cidade. As cidades que têm um crescimento desordenado são mais suscetíveis à criminalidade", advertiu, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Segundo Werner, entre as ações para reforçar a integração com os entes federativos, a SSP já promove um curso de uma semana com 60 guardas civis inscritas.

"A gente faz a programação mostrando a importância do guarda, por exemplo, para a inteligência, para o videomonitoramento, no reconhecimento de um foragido, ajudando nas medidas protetivas para as mulheres e para o APH [Atendimento Pré-Hospitalar] tático. Às vezes pode ser a primeira pessoa a ter contato com uma pessoa que quer se suicidar. Tem que ter um conhecimento básico até a chegada dos profissionais especializados. Polícia não é só Segurança Pública. A gente tem outras frentes de trabalho tão importantes quanto, mas que, sim, o Município pode ajudar muito as forças de segurança", destacou.

Em relação à interferência das facções nas eleições, o secretário pontuou que o fenômeno não é exclusivo das cidades baianas e assegurou que a pasta tem feito um "trabalho incessante" no enfrentamento ao crime organizado.

"Em diversas regiões a gente tem feito um contato com as coligações. Tragam as informações. É importante que a gente receba o quanto mais cedo essas informações para a gente atuar. Façam os boletins de ocorrência que tragam informações também diárias. As facções são responsáveis pela violência. Elas tentam, de qualquer forma, fazer um domínio de território com violência, com o terror e medo", elencou.

Para o pleito deste ano, um efetivo de 34 mil policiais e bombeiros foi convocado para acompanhar os locais de votação, evitar conflitos e garantir a lei e a ordem.

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