Um dos vereadores de Salvador que tiveram maior incógnita sobre o destino durante a janela partidária, Isnard Araújo reconhece que a sua permanência no PL poderá causar associações entre a sua atuação política e o bolsonarismo, que enfrenta grande rejeição na Bahia.

"Tem a ver sim. Só que o pessoal confunde muito os extremismos. Eu não vejo Bolsonaro como extremista, mas pecham ele como extremista, como fascista, como fundamentalista, como aqueles de extrema direita. Eu acho que todo extremo tem que ser execrado. Extremo de esquerda, extremo de direita. O PL verdadeiro não tem extremo de direita e muito menos de esquerda. O que eu acho que temos que fazer é cuidar da saúde, cuidar da humanidade, cuidar do respeito... Respeitar o contraditório e dar direito para todos falarem. O PL é um partido que vai trabalhar para fazer o melhor para a cidade", pontuou, em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM.

Após se afastar politicamente da Igreja Universal do Reino de Deus, o vereador dialogou com DC, PP, PRTB e PSDB e esteve próximo de ingressar no PRD, mas enfrentou resistências dos próprios pares, devido à sua densidade eleitoral.

"Primeiramente, quero agradecer a todos os partidos pela forma como me trataram. As portas estavam abertas. Mas, no fundo, nós acabamos ficando com o PL, porque não vai ter eleição fácil para ninguém. Assim como não vai ter eleição garantida, também não tem perdida. Então, vai ter que ter um corte aí, que eu acredito, hoje, esteja entre 6 mil e 7 mil votos, a depender de um partido ou outro. Estamos no PR, com um quadro de pessoas competentes e com condições de ganhar. Vamos buscar a reeleição e tentar o sexto mandato. É um trabalho que começou há 20 anos e vamos dar continuidade", salientou o edil.

Em 2020, Isnard foi o terceiro legislador soteropolitano mais bem votado, com 12.799 votos.

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