Sem citar um nome favorito para acompanhar o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na disputa pela Prefeitura de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) elencou as características do perfil ideal para compor a chapa majoritária. De acordo com a petista, a escolha deve recair sobre alguém que "consiga" debater temas como as desigualdades da cidade e a questão racial.

"Salvador é uma cidade que tem mais negros e negras fora do continente africano. Esse debate precisa estar colocado também com muita importância. Eu aposto e busco a todo momento esse nome para que a gente consiga ter essa densidade em Salvador. Toda eleição a gente cobra, como foi o debate da bancada do feijão, com o mote do 'eu quero ela'. Ela é a cidade do Salvador que a gente quer. A gente espera que a gente consiga chegar logo ao nome, porque o nome da vice é que vai fazer também esta caminhada dentro da cidade", afirmou a legisladora, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Embora ressalte a "força" dos postulantes do PT cogitados até agora – o ex-vereador Moisés Rocha e a secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Fabya Reis –, Marta pondera que novas opções ainda podem ser lançadas.

"Então, tem o companheiro Moisés, tem o nome de Fabya, mas eu acho que Fabya foi na reunião [do planejamento estratégico da campanha] como secretária. Compete agora ao PT municipal fazer esse debate e, a partir daí, submeter também à federação, ao PV e ao PCdoB, para depois a gente levar para o conselho político. O prefeito depende da chapa de vereadores e vereadoras e nós também precisamos do candidato a prefeito para impulsionar nossas candidaturas. [...] Ainda podem surgir outros nomes. Se ainda não definiu?", especulou.

Em relação à confiança de que Geraldo honrará os compromissos assumidos com os partidos de esquerda, a exemplo da pauta ambiental, a vereadora lembrou da primeira eleição do vice-governador para presidente da Câmara, em 2019, quando ele cumpriu o acordo de aprovar o Estatuto da Igualdade Racial.

"Geraldo tem palavra,[...] mas vai ter que apresentar um programa de governo assumindo um compromisso coletivamente, para a gente ter essa garantia, porque depois a gente tem como cobrar", ponderou Marta Rodrigues.

Confira a entrevista na íntegra:

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