A Câmara de Salvador votará nesta quarta-feira (3) a autorização para que a prefeitura contrate um empréstimo de R$ 120 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

Na mesma sessão, ainda serão apreciados o reajuste dos servidores municipais – 8% para os profissionais da Educação e 4% para os demais –, o Plano de Carreira e Remuneração dos Agentes de Transporte e Trânsito, bem como a proposta de criação do Programa Dinheiro Direto na Escola Soteropolitana (PDDES).

Fora a matéria do financiamento, que foi devolvida na segunda (1º) pela vereadora Marta Rodrigues (PT) à Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ) após pedido de vista, todas as demais chegaram à Casa nesta terça (2).

Na avaliação do líder do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e seu correligionário, Kiki Bispo, apesar dos questionamentos da petista a itens como a falta de parecer técnico e a criação de cargos embutida, o projeto do empréstimo será aprovado em plenário.

"Olha, é mais um empréstimo que a Câmara autoriza o prefeito a contrair e isso tem colocado a cidade na posição de vanguarda, no que tange à questão dos investimentos. Salvador hoje é um case de sucesso, do ponto de vista financeiro, e tem a capacidade de antecipar os seus investimentos, a exemplo da arena multiuso, que foi assinada a ordem de serviço essa semana, em que boa parte dos investimentos foi feita com um empréstimo que foi aprovado pela Câmara no ano passado. Eu acredito que, mais uma vez, até pela credibilidade da gestão, da questão do saneamento das suas contas públicas, da capacidade de investimento, a Câmara deve aprovar mais esse empréstimo, porque sabe que Salvador estará se desenvolvendo cada vez mais", defendeu o chefe da bancada governista, em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM.

Em relação às matérias de interesse do funcionalismo, Kiki também não acredita que haverá pontos nevrálgicos com a oposição, pois, segundo ele, houve diálogos entre as categorias e a Secretaria Municipal de Gestão.

"Na verdade, todo aumento de servidores acaba não sendo 100% da forma como se imagina. É claro que, se a gestão pudesse, daria um aumento linear de forma maior, escalonado para todos os servidores. No entanto, a gestão é austera, ela tem o pé no chão, ela faz aquilo que o orçamento permite. Então, portanto, a proposta que chega aqui à Câmara é de um aumento de 4% para praticamente todos os servidores e os professores receberão 8%. Esse foi o alinhamento que a Semge fez dialogando com os sindicatos pertinentes a cada área", assegurou.

Durante toda a semana, servidores estiveram presentes nos arredores e dentro da Câmara e utilizaram até carro de som com paródias contra o prefeito, a fim de exigir aumentos mais robustos que os propostos e melhores condições de trabalho.

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