Oposição vai ouvir servidores e discutir empréstimo internamente, diz Sílvio Humberto

Foto: Evilásio Júnior

Líder da oposição na Câmara de Salvador, o vereador Sílvio Humberto (PSB) se comprometeu em conversar com o funcionalismo público municipal antes de orientar sua bancada a aprovar ou não o projeto de reajuste salarial dos servidores. 

De acordo com o socialista, os profissionais da Transalvador também serão ouvidos sobre o Plano de Carreira e Remuneração dos Agentes de Transporte e Trânsito.

Em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM, o chefe da minoria reclamou da demora no envio das matérias pelo Executivo soteropolitano e exemplificou situações específicas de algumas categorias.

"Isso deveria ter chegado segunda e você estava aqui no plenário e ouviu a fala do nosso presidente [Carlos Muniz, PSDB] cobrando da prefeitura o cumprimento dos prazos para que os vereadores possam minimamente avaliar. Vamos ver se o projeto atende aos interesses dos servidores, sobretudo o pessoal dos agentes de trânsito, aqueles que entraram antes de 1988. Eles estão muito preocupados, porque a primeira versão que foi apresentada falava de extinção de cargos e isso prejudicava esses servidores na progressão de carreira. Agora, a gente precisa conversar com os servidores para ver se o reajuste proposto atende aos interesses, porque eu também sou servidor. Eu preciso ver também o que foi dito. Não tem nada específico, por exemplo, em relação aos auditores e aos fazendários. Então, vamos ver o que as lideranças dos servidores dizem, para ver se o projeto está devidamente arredondado ou se têm críticas ou se acham que é importante aprovar", disse Sílvio.

Sobre a autorização do empréstimo de US$ 120 milhões junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), o voto da vereadora Marta Rodrigues (PT) será discutido internamente antes da orientação à bancada.

"Nós teremos uma reunião para avaliar o voto de Marta e, a partir daí, decidir se nós votaremos de forma uníssona, contra ou a favor do projeto, ou liberar a bancada", pontuou o líder contrário.

No voto em separado na Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ), a petista pediu a reprovação do financiamento, ao apontar itens como a falta de parecer técnico e a criação embutida de cargos.