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Alan Sanches cogita troca de Jerônimo em 2026: 'Vão fazer o que querem fazer com Biden nos EUA'
Alan Sanches cogita troca de Jerônimo em 2026: 'Vão fazer o que querem fazer com Biden nos EUA'
"Hoje já se fala na substituição do candidato Jerônimo, que pode ser o Rui [Costa], pode ser o [Jaques] Wagner. Eles estão com medo. Se Jerônimo continuar assim, se não engrenar, como até agora não engrenou, tenha certeza que eles vão substituir Jerônimo", disse o líder da oposição na Assembleia Legislativa, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, ao opinar que as questões de Saúde e Segurança Pública "não são resolvidas porque o próprio governador está sem vontade política"
Por Evilásio Júnior
04/07/2024 às 06:00
Atualizado em 04/07/2024 às 06:00
Foto: Evilásio Júnior
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Alan Sanches (União Brasil), apontou como principais "calos" do governo do Estado a Saúde e a Segurança Pública, que seriam responsáveis pela "baixa popularidade" da gestão de Jerônimo Rodrigues (PT).
Na avaliação do parlamentar, a própria participação do presidente Lula (PT) no 2 de Julho deste ano teve como principal motivo o crescimento da desaprovação, conforme as últimas pesquisas de opinião pública realizadas pelos institutos Real Time Big Data (56%, em Salvador) e Paraná (39,8%), e não o apoio à pré-candidatura do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) a prefeito da capital.
De acordo com o comandante da minoria, a eleição de 2026 não será influenciada pelo número de prefeituras conquistadas pelos grupos políticos, e sim pelo cenário nacional. Segundo ele, diante do quadro, a candidatura petista poderá ser modificada na Bahia.
"Eu acho que a economia ainda não engrenou. Se a gente ficar com a economia desse jeito, e Lula perdendo popularidade, ele chega capengando. Ele capengando, trazer influência para Jerônimo, também, diminui. [...] Hoje já se fala na substituição do candidato Jerônimo, que pode ser o Rui [Costa], pode ser o [Jaques] Wagner. Eles estão com medo. Se Jerônimo continuar assim, se não engrenar, como até agora não engrenou, tenha certeza que eles vão substituir Jerônimo. Vão fazer o que querem fazer com Biden nos Estados Unidos", cogitou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Conforme Sanches, pesa contra o chefe do Executivo baiano o não cumprimento da promessa de campanha de zerar a fila da regulação. O deputado calcula que, só na capital, o contingente no sistema de espera passou de uma média de 190 a 200 pacientes para um volume de 350 a até 370 pessoas.
"No início do mandato, primeiro, Jerônimo disse que ia zerar a fila da regulação. Promessa de campanha e está gravada. [...] Falta gestão dos leitos. Para que a gente resolva o problema da regulação precisa criar leitos. [...] Salvador é perseguida na transferência. Eles dão vaga primeiro para os pacientes de outros municípios, para que Salvador tente resolver da sua forma. Os pacientes das UPAs de Salvador ficam muito mais tempo que os outros. E não deveria ser assim e sim por gravidade, por inscrição na fila. Por isso se chama de 'fila da morte'", comparou, ao afirmar que o Município repassa anualmente R$ 800 milhões para o Estado pelo serviço de forma "pactuada".
Sobre as disputas de facções criminosas, sobretudo na periferia soteropolitana, o líder da oposição salientou que orientou sua bancada a votar favoravelmente ao projeto Bahia pela Paz, mas disse acreditar que isoladamente a medida não será suficiente para diminuir a violência.
"A gente precisa muito mais do que isso. Isso é para longo prazo. [...] A Segurança tem que ser prioridade mas, para isso, a gente precisa sentir que o governador quer dar prioridade. Ele tem que chamar para si a responsabilidade. [...] Tem que investir em inteligência. [...] Joga muito mais para a mídia do que efetivamente está preocupado com a população. [...] O secretário de Segurança é excelente, só que ele tem que ter recursos e respaldo do governo do Estado. [...] Eu acho que o [Marcelo] Werner tem um grande trato com os policiais", ponderou.
Para Alan Sanches, as questões de Saúde e Segurança "não são resolvidas porque o próprio governador está sem vontade política".
Confira a entrevista na íntegra: