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Autora do Selo Pacto pela Mulher, Roberta Caires diz 'entender intenção' da SPMJ ao escolher Muquiranas
Autora do Selo Pacto pela Mulher, Roberta Caires diz 'entender intenção' da SPMJ ao escolher Muquiranas
"Eu entendi que a intenção da secretaria, quando fez essa escolha, [...] era fazer uma reflexão de que, ainda que o bloco As Muquiranas tenha esse histórico, chegou ao momento do 'chega'. Isso foi muito bom, porque serviu de exemplo para várias outras instituições, blocos, festas e comportamentos que desonram a mulher", argumentou a legisladora, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM
Por Evilásio Júnior
20/05/2024 às 06:00
Atualizado em 20/05/2024 às 06:00
Foto: Reprodução / YouTube
Autora do projeto de lei que criou o Selo Pacto pela Mulher e criadora do Move Mulher, movimento de expansão política e desenvolvimento feminino, a vereadora Roberta Caires (PDT) reconheceu o histórico "desrespeitoso" do bloco As Muquiranas, mas disse compreender o motivo de a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) escolher a instituição como homenageada este ano.
Após anos de denúncias de assédio e agressão contra foliãs em Salvador, apenas em maio de 2023 a agremiação carnavalesca firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para efetivar ações de combate à violência.
"Esse selo foi criado justamente para reconhecer empresas que incentivam e geram oportunidades para mulheres vítimas de violência serem reinseridas no mercado de trabalho. Eu entendi que a intenção da secretaria, quando fez essa escolha, e eu quero deixar claro que essa escolha já não me cabe mais como autora e proponente da ideia, era fazer uma reflexão de que, ainda que o bloco As Muquiranas tenha esse histórico, chegou ao momento do 'chega'. Isso foi muito bom, porque serviu de exemplo para várias outras instituições, blocos, festas e comportamentos que desonram a mulher. Conversando depois com a diretora de Políticas para Mulheres, Fernanda Cerqueira, ela disse o seguinte: 'Olha, o que nós temos que fazer é reconhecer quando se estabelece um ajuste de conduta do próprio bloco em reconhecer que eles erraram, que não podiam continuar dessa forma e de que era inaceitável o comportamento deles'. Eles deram um passo para trás e reconheceram isso", argumentou a legisladora, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, ao admitir que "entende as críticas" de parte da sociedade civil e da imprensa ao critério da honraria.
Ex-presidente do Mulher Democratas Bahia, eleita em 2020 pelo Patriota e transferida posteriormente ao PP, a neopedetista comentou ainda a nova mudança partidária. Ela disse ter sido "bem acolhida" na sigla, afirmou que "já tinha identificação" com a legenda, mas admitiu dificuldades na eleição deste ano. Além de Roberta, o PDT conta em seus quadros com os também vereadores Anderson Ninho e Débora Santana, além dos ex-diretores da Codecon, Omar Gordilho, e da Limpurb, Zilton Krueger. A meta é conquistar entre três e quatro cadeiras na Câmara na eleição de outubro.
"Onde está fácil? Todos os partidos tiveram que contemplar três ou quatro vereadores. Minha vida está nas mãos de Deus e das pessoas que vão fazer a avaliação em um dia e decretar se eu mereço vencer a reeleição ou não, independentemente dos partidos e dos concorrentes", disse a vereadora.
Para obter mais um mandato, Roberta Caires afirma contar com uma "relação maravilhosa" com o prefeito Bruno Reis e destacou o "papel importantíssimo" do seu padrinho político e vice-presidente nacional do União Brasil ACM Neto, que, segundo ela, "continua apostando todas as fichas" em sua reeleição.
Confira a entrevista na íntegra: