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Câmarabet: vereadores já fazem contas sobre votação e apostas para janela partidária

Câmarabet: vereadores já fazem contas sobre votação e apostas para janela partidária

Articulações para entrada e saída de candidatos nos partidos movimentam os bastidores da Casa

Por Evilásio Júnior

23/02/2024 às 06:00

Atualizado em 23/02/2024 às 06:00

Foto: Evilásio Júnior

Apesar de o objetivo do presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), ser intensificar os trabalhos no primeiro semestre para evitar prejuízo aos trabalhos em função do ano eleitoral, o ambiente entre os vereadores já é de projeção de votos e arrumação partidária.

Nos corredores da Casa, além das discussões sobre quem ingressará nos vitaminados DC e PRD, outras movimentações foram observadas pelo blog. Sobre a possível ida de Toinho Carolino para o novo 25, foi relatado que Marcelo Maia está resistente em sair do PMN e pretende levar o atual integrante do Podemos para sua agremiação. A questão é que os municipalistas não aceitam interferência do prefeito Bruno Reis (União Brasil), que tem utilizado como estratégia infiltrar aliados de sua cozinha para controlar as legendas do grupo.

Em outra conversa, a reportagem testemunhou um vereador considerado já reeleito pelos colegas brincar com um dissidente de sua bancada sobre quantos votos ele conseguiria em outubro: "Quando diz assim que está fraquinho, vai estourar". Nos cálculos, se 10% da comunidade que o político representa confirmar sua manutenção, ele atinge 14 mil.

Flagrante também foi a situação de rejeição à chegada de João Cláudio Veiga Bacelar na corrida pelo Legislativo soteropolitano. Filho do deputado federal João Carlos Bacelar, ex-presidente da CMS e com forte militância na capital, o atual presidente municipal do Podemos é visto como uma ameaça na Federação PT, PCdoB e PV. "No PT eu não quero, não. Deixa ele lá onde está ou leva para você", brincou um petista com um companheiro de coligação.

Conforme a legislação, a janela para troca de siglas ficará aberta entre 7 de março e 5 de abril. Até lá, se os projetos para apreciação continuarem escassos, não faltarão especulações e apostas entre os vereadores.