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Hélio Ferreira se diz 'confiante' de que seu projeto de tarifa zero no transporte seja debatido na campanha eleitoral
Hélio Ferreira se diz 'confiante' de que seu projeto de tarifa zero no transporte seja debatido na campanha eleitoral
"Primeiro, a gente tem que olhar a tarifa zero como um problema social. Nós temos quase um milhão de pessoas que não têm acesso ao transporte público. [...] Vai ser uma vantagem para o trabalhador, para o Município, para a economia, para nós, rodoviários, e vai ser um problema resolvido", argumentou o vereador do PCdoB e presidente licenciado do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM
Por Evilásio Júnior
14/06/2024 às 06:00
Atualizado em 14/06/2024 às 06:00
Foto: Reprodução / YouTube
Sob o argumento de resolução de problema social e melhora da economia, por meio da geração de mais empregos e consumo, o vereador Hélio Ferreira (PCdoB), presidente licenciado do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, quer pautar o debate sobre a tarifa zero no transporte público de Salvador durante a eleição majoritária deste ano.
No ano passado, o comunista apresentou um projeto de lei na Câmara Municipal, que segue sem tramitação, e lançou um abaixo-assinado para obter subscrições da população soteropolitana. Na pré-campanha, por enquanto, apenas o postulante do PSOL ao Palácio Thomé de Souza, Kléber Rosa, colocou a proposta entre as pautas que pretende discutir com os concorrentes e o eleitorado. Apoiador da chapa Geraldo Júnior (MDB) e Fabya Reis (PT), ele se diz "confiante" de que a ideia irá compor o Programa de Governo Participativo (PGP), a ser lançado na próxima semana.
"Primeiro, a gente tem que olhar a tarifa zero como um problema social. Nós temos quase um milhão de pessoas que não têm acesso ao transporte público. [...] Vai ser uma vantagem para o trabalhador, para o Município, para a economia, para nós, rodoviários, e vai ser um problema resolvido", afirmou o edil, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Nos cálculos do vereador, o custeio já está "praticamente" sanado, por meio do subsídio de R$ 205 milhões pago pela prefeitura, mais o valor do vale-transporte destinado pelos empresários ao sistema. Ele sugere que o restante seja derivado dos tributos arrecadados pela prefeitura, como as "multas da Transalvador, leilão de automóveis e outros" advindos do próprio transporte. Atualmente, cerca de 40 municípios do país já contam com o transporte gratuito, dos quais apenas uma capital: São Luís (MA).
De acordo com Hélio, a medida irá "duplicar ou triplicar os postos de trabalho dos rodoviários" na capital baiana. Já os cobradores passariam a ser agentes de bordo para "auxiliar os motoristas", por exemplo, "para acionar os elevadores" ofertados aos passageiros portadores de deficiência nos veículos.
A fim de aumentar a força da categoria no Legislativo, a classe lançará quatro candidatos – além dele, Tiago Ferreira (PT), que também busca a reeleição, J. Carlos (PP) e Tito (PSDB) –, com a meta de, pelo menos, manter os atuais detentores de mandato na CMS. "A gente não se atrapalha. O ideal é manter os dois vereadores ou até ampliar o número de vereadores rodoviários", projetou.
Confira a entrevista na íntegra: