Muniz admite 'sonho' de levar Sidninho ao PSDB: 'Fiz de tudo'
Presidente da Câmara revelou bastidores da janela partidária em entrevista ao Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM
Por Evilásio Júnior
09/04/2024 às 06:00
Atualizado em 09/04/2024 às 06:00
Foto: Reprodução / YouTube
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), revelou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, nesta segunda-feira (8), os bastidores da janela partidária, que se encerrou no último sábado (6).
Apesar de 15 trocas de legenda pelos vereadores que estão no mandato, a sigla tucana permaneceu com os seus quatro atuais integrantes da Casa: além do próprio chefe da CMS, Cris Correia, Daniel Alves e Téo Senna.
Muniz admite que houve resistências internas que barraram a entrada do seu aliado Sidninho, que estava no Podemos e desejava ingressar na agremiação, ou pelo menos no Cidadania, que está na federação com o PSDB.
"Sidninho é uma pessoa que eu tenho total confiança, primeiro como presidente da Câmara, segundo como amigo. Sidninho é uma pessoa que eu gosto muito. Pode ter certeza que eu fiz de tudo para Sidninho viesse participar conosco no PSDB, nessa eleição de 2024, só que, antes de tudo, eu tenho que manter minha palavra. Como nenhum dos vereadores quis trocar de partido, ele não poderia ingressar nem no Cidadania nem no PSDB, senão eu faltaria com a palavra. Mas pode ter certeza que Sidninho sabe que pode contar comigo para o que for, para que ele venha a se reeleger", prometeu.
Sem ambiente no ninho tucano, Sidninho acabou filiado ao PP no limite do prazo. "Não foi de última hora. Nós tínhamos várias opções, no PDT, União Brasil, PSDB, DC, PRD e no PL. Dentro dessas opções, como no PSDB não houve acordo, ele [Sidninho] enxergou que se nós fizéssemos uma troca em que Anderson Ninho, que seria candidato pelo PP, retornasse ao PDT, ele ingressaria no PP. Foi algo construído com todos conversando e uma opção feita por ele. Sidinho sempre participou das conversas e sabe que meu sonho era que ele estivesse comigo e nós fôssemos candidatos juntos pelo PSDB", declarou o presidente do Legislativo soteropolitano.
Ainda na entrevista, Carlos Muniz estimou que a Federação PSDB-Cidadania fará entre cinco e sete vereadores na próxima eleição. Para tanto, conta com reforços de nomes como o bolsonarista Humberto Sturaro e o braço-direito do empreiteiro Carlos Suarez, Rodrigo Amaral "Horroroso", convidados, conforme o próprio vereador, por ele mesmo há um ano. Ainda foram filiados Tia Jove, da Assembleia de Deus, Dudu Magalhães, sobrinho do ex-deputado federal Jutahy, e as protetoras Carol dos Animais e Patruska Barreiro.
O reforço tucano aos "45 minutos do segundo tempo" foi o ex-vereador Felipe Lucas, que estava no União Brasil, e comandou a Diretoria Geral de Esportes da Prefeitura de Salvador até a semana passada.
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