Muniz prevê PDDU só em 2025 e avisa que aumento de IPTU não será votado
"Na verdade, o reajuste que se fala de IPTU é a correção inflacionária. Não existe revisão de planta nenhuma. [O prefeito] Bruno [Reis] nunca conversou comigo sobre isso", advertiu o presidente da Câmara
Por Evilásio Júnior
11/10/2024 às 15:36
Atualizado em 15/10/2024 às 10:38
Foto: Evilásio Júnior
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), garantiu que um novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano só será votado pelos vereadores no próximo ano. O último PDDU foi aprovado pelo Legislativo em 2016.
O projeto, que organiza o crescimento da cidade e prevê, por exemplo, onde pode ou não haver obras, como os polêmicos espigões da orla, ainda não chegou à Casa, mas a expectativa do Executivo é de que seja enviado ainda este ano.
No entanto, de acordo com o tucano, mesmo que a matéria chegue à CMS, não haverá tempo hábil para que as discussões sejam concluídas na atual legislatura.
"Se chegar, não vai dar tempo de votar PDDU esse ano. É um projeto que mexe com a vida de todo cidadão de Salvador, então não vai ser votado às pressas, de forma nenhuma. Pode ter certeza que, antes de ser votado o PDDU, serão feitas todas as audiências públicas e será respeitado o rito. A população de Salvador pode ficar tranquila. É um projeto muito complexo e a gente precisa ter calma para votar. Um projeto como esse não se vota em menos de seis meses", estimou Muniz, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Outra especulação nos bastidores dá conta também do envio de um reajuste no Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana (IPTU). O presidente da Câmara descartou qualquer hipótese de aprovação da medida, caso realmente seja encaminhada pelo Palácio Thomé de Souza.
"Na verdade, o reajuste que se fala de IPTU é a correção inflacionária. Não existe revisão de planta nenhuma. [O prefeito] Bruno [Reis] nunca conversou comigo sobre isso e garanto aqui à população de Salvador que, se isso aí chegar à Casa, não será votado. Aí eu estou garantindo, porque se Bruno quisesse fazer algo desse tipo teria que ter conversado comigo", advertiu.
Amigo pessoal do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), Carlos Muniz ainda revelou ter conversado com o candidato derrotado após o resultado da eleição, disse que tinha recomendado que o emedebista não se lançasse na disputa e apontou os partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) como os grandes responsáveis pelo fiasco.
Confira a entrevista na íntegra: