Tiago Ferreira prevê de cinco a oito eleitos entre PT, PCdoB e PV: 'Avaliação de três não é pessimista; é terrorista'

Foto: Evilásio Júnior

Líder do PT na Câmara Municipal de Salvador, Tiago Ferreira refuta veementemente a hipótese de a Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, reduzir pela metade o seu tamanho no Legislativo soteropolitano.

Atualmente, os partidos possuem sete vereadores na Casa – além dele, os petistas Marta Rodrigues, Luiz Carlos Suíca e Arnando Lessa; os comunistas Hélio Ferreira e Augusto Vasconcelos; e o verde André Fraga. Entre os 44 postulantes deste ano, o grupo ainda conta com nomes como os do ex-presidente municipal do PT Ademário Costa e da atual dirigente do PCdoB local, Aladilce Souza.

"Essa avaliação de três não é pessimista. Ela é terrorista. Não faz sentido. A conta que a gente faz não é essa. Existe um eleitorado, que a gente já sabe, que vota nos candidatos do PT, nos candidatos do time de Lula. [...] Eu não acredito que a gente possa reduzir drasticamente esse número de votos. [...] Concretamente, se for para a ponta do lápis, a gente não enxerga os sete. No entanto, não seriam três, nem quatro. Eu acho que a gente estaria realmente entre cinco e seis, mas podendo sim manter os sete e até ampliar", projetou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Para tanto, na avaliação de Tiago, a manutenção, a redução ou o crescimento da bancada dependerá não só do desempenho da chapa proporcional, mas sobretudo do candidato a prefeito Geraldo Júnior (MDB) no pleito de outubro. 

Nesta quinta-feira (15), uma nova pesquisa de intenção de votos, realizada pelo instituto Futura Inteligência, apontou uma queda do vice-governador em relação aos levantamentos anteriores. De acordo com os dados, o candidato à reeleição Bruno Reis (União Brasil) lidera com 61,2%, contra 13,8% do emedebista e 4,2% de Kléber Rosa (PSOL). 

Embora admita que os números devem ter refletido o desempenho de Geraldo no primeiro debate televiso realizado pela Band TV, o vereador aposta na influência dos programas da propaganda eleitoral gratuita e no impacto do apoio do presidente Lula para melhorar o cenário.
 
"Eu não digo que [a pesquisa] seja um balde de água fria porque nós já vimos diversos cenários de pesquisas, e pesquisa reflete o momento", afirmou, ao comparar o retrato atual à imprecisão de levantamentos de anos anteriores, que não previam as vitórias do PT para o governo baiano em 2006, com o atual senador Jaques Wagner, e 2014, na vitória do hoje ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Confira a entrevista na íntegra: