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'Acordo foi feito e por mim será mantido', diz Muniz sobre Tinoco assumir CCJ; 'virada de mesa' pode melar pacto
'Acordo foi feito e por mim será mantido', diz Muniz sobre Tinoco assumir CCJ; 'virada de mesa' pode melar pacto
Nos bastidores do Legislativo, fala-se em uma modificação no Regimento Interno que retome a regra anterior de alterar as comissões a cada dois anos; regra atual foi instituída por Geraldo Júnior
Por Evilásio Júnior
28/02/2024 às 06:00
Atualizado em 28/02/2024 às 06:00
Foto: Evilásio Júnior
O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), confirmou ao Blog do Vila a existência de um acordo para alternância no comando da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ).
Com o pacto acertado na legislatura anterior, o atual chefe da CCJ, Paulo Magalhães Júnior (União Brasil), trocaria de colegiado com seu correligionário Cláudio Tinoco, atual responsável pela pasta de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Relações Internacionais.
"O acordo foi feito e por mim será mantido. Só estou esperando a conversa entre todas as pessoas que participaram para que a gente chegue a um consenso e defina da melhor forma possível", salientou o tucano.
No entanto, Magalhães Júnior resiste em abrir mão da presidência da CCJ e a possibilidade de descumprimento do pacto gerou um mal-estar entre os aliados do prefeito Bruno Reis na Casa. Para tentar minimizar o impasse, uma reunião do Colégio de Líderes foi convocada inicialmente para esta terça-feira (27), mas confirmada posteriormente para a próxima segunda (4), às 15h30.
Nos bastidores do Legislativo, fala-se em uma "virada de mesa", que seria a modificação no Regimento Interno que retome a regra anterior à presidência do atual vice-governador Geraldo Júnior (MDB). Antes do emedebista, que determinou a alteração anual, a mudança no comando das comissões permanentes acontecia a cada dois anos.
"Tudo isso tem que passar pelo Colégio de Líderes. Na realidade, não é o Colégio de Líderes que vai indicar quem vai ser o presidente ou não das comissões. Quem vai indicar são as próprias comissões. Mas se alguém, algum líder, quiser criar dessa forma que você está falando, mudar como Geraldo mudou de dois para um, podemos analisar. Se houver maioria no Colégio de Líderes, pode ter certeza que nós iremos colocar para votação e iremos no plenário aprovar ou não, mas até o momento ninguém me deu essa ideia", ponderou Muniz.
O atual presidente da CMS também garantiu que a proposta de retorno à regra anterior não partiu de seu gabinete. "Não, de jeito nenhum. Nunca isso passou pela minha cabeça, mas se você me perguntar se eu sou a favor ou contra, eu sou a favor, já me antecipando", revelou.
Nesta terça, a polêmica esvaziou a sessão, encerrada por volta das 15h por falta de quórum. Antes disso, a reportagem flagrou Paulo Magalhães Júnior atravessar a rua em direção ao Palácio Thomé de Souza. Pouco depois, Tinoco também deixou o plenário.