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Moisés crê que Fabya está fora da vice por confiar em 'postura' de Jerônimo: 'Não usa dois pesos e duas medidas'
Moisés crê que Fabya está fora da vice por confiar em 'postura' de Jerônimo: 'Não usa dois pesos e duas medidas'
Ex-vereador admite ter "mais musculatura" dentro do PT para acompanhar o vice-governador na eleição de outubro: "Nesse momento, é o meu nome que está posto. [...] Nós entendemos que o nosso perfil, o nosso trabalho e a nossa penetração nas camadas mais populares, no movimento social, no movimento negro, podem e muito fazer uma mistura boa com Geraldo Júnior"
Por Evilásio Júnior
25/04/2024 às 06:00
Atualizado em 25/04/2024 às 06:00
Foto: Reprodução / YouTube
Pré-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB) ao Palácio Thomé de Souza, o ex-vereador Moisés Rocha preferiu não determinar que o seu nome é o único do PT na disputa.
Informações obtidas pelo Blog do Vila dão conta de que a secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social Fabya Reis, apesar do elogiado trabalho à frente da pasta, sucumbiu ao "autofagismo petista". Tanto pelas cobranças sobre a sua falta de diálogo e identidade com a capital baiana, quanto por reclamações sobre um suposto favorecimento eleitoral ao seu marido, deputado federal e liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Valmir Assunção.
Muito ligado ao parlamentar, Moisés externou acreditar que realmente a titular da Seades está fora do páreo, mas apontou como motivo o comportamento do governador Jerônimo Rodrigues ao mantê-la na equipe.
"Fabya sempre demonstrou competência por onde passou. Seria um excelente quadro e um excelente nome, inegavelmente. Não posso falar se Fabya, de fato, retirou o nome, até porque tecnicamente e legalmente ela ainda pode ser candidata, porque secretários têm quatro meses para se desincompatibilizar. O que nós não acreditamos [que ela permaneça na disputa] é porque Jerônimo, pela sua postura demonstrada ao longo do tempo, não usa dois pesos e duas medidas. Ou seja, para alguns secretários peça seis meses de antecipação e, para outros, quatro. Não é muito da postura de Jerônimo ter esse tipo de atitude", pontuou o petista, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Sobre a própria postulância, no entanto, Moisés admite que o seu nome hoje é o mais forte dentro da sigla para integrar a chapa majoritária ao lado do emedebista.
"Nesse momento, é o meu nome que está posto. Podem surgir outros nomes? Podem. Isso é democrático. Mas hoje o nosso nome ganhou musculatura e estamos trabalhando firmemente para que possamos trabalhar e colaborar com Geraldo Júnior. Nós entendemos que o nosso perfil, o nosso trabalho e a nossa penetração nas camadas mais populares, no movimento social, no movimento negro, podem e muito fazer uma mistura boa com Geraldo Júnior", salientou, ao ponderar que não há um prazo determinado para a definição da escolha: "Um lado está esperando o outro".
Em relação às resistências da militância de esquerda à escolha de Geraldo, o ex-vereador revelou que terá encontros com lideranças para debater a cidade, bem como discutir estratégias para ampliar a bancada e influenciar na campanha. Principalmente em sua própria agremiação, para ele, o grande desafio é convencer seus correligionários de que o PT teve "um ato republicano" ao abrir mão da cabeça de chapa em prol de um partido aliado. "Nós vamos construir o diálogo de forma harmoniosa, respeitosa e pedagógica. Até porque, o PT não pode querer somente ser apoiado. Também tem que gostar de apoiar", advertiu.
Integrante da chamada "Bancada do Feijão" que tentou emplacar, sem sucesso, uma candidatura preta consensual à Prefeitura de Salvador em 2020, Moisés Rocha assume que ainda não desistiu da ideia. "O nosso objetivo não é ser vice-prefeito. Continuo sonhando que essa cidade majoritariamente negra possa ter um prefeito ou uma prefeita negra. O problema não são nomes, e sim oportunidade", finalizou o petista.
Confira a entrevista na íntegra: