Otto descarta desembarque do governo e ida de filho para o TCE-BA
"Aqui na Bahia, a nossa aliança com o PT é liberada por Kassab para continuar e nós vamos continuar", afirmou o presidente estadual do PSD
Por Evilásio Júnior
18/04/2025 às 13:45
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Presidente estadual do PSD, o senador Otto Alencar descartou o desembarque do partido da aliança com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), mesmo que o comandante nacional da legenda, Gilberto Kassab, apoie uma possível candidatura de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) à Presidência da República.
A hipótese foi ventilada por dirigentes do União Brasil na coluna Careca de Saber desta semana, que cogitaram a participação do senador Angelo Coronel em uma eventual chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
"Como é que eu vou trabalhar em cima de se? Eu só tomo decisão quando as coisas estiverem claras lá em 2026. Aqui na Bahia, a nossa aliança com o PT é liberada por Kassab para continuar e nós vamos continuar, não tem nenhuma possibilidade de ter qualquer estremecimento nisso", garantiu o parlamentar, em conversa com o Blog do Vila.
Em relação ao deputado federal Otto Filho, o congressista também não confirmou a possibilidade de o parlamentar pleitear uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA) após a aposentadoria do conselheiro Antônio Honorato.
"Esse negócio de Otto Filho, ninguém ouviu da minha boca isso, jamais. Até porque, o próprio governador não tratou comigo desse assunto. Então, é outra coisa que não procede", refutou.
De acordo com o senador, o foco dele atualmente está nos trabalhos da Comissão de Constituição e Justiça, a qual preside no Senado, e não nas eleições de 2026.
"Nós temos que ajudar muito o presidente Lula, sobretudo nessas matérias importantes para a conclusão da reforma tributária. Outras matérias estão tramitando na CCJ e eu espero que a comissão possa produzir mais esse ano do que produziu no ano passado. Além disso, essa questão que está agora toda hora na imprensa sobre a anistia, eu votarei contra a anistia e vou encaminhar pelo partido PSD no Senado Federal e na Câmara, para aqueles que me seguem, votarem contra a anistia", concluiu, sobre a possibilidade de o Congresso perdoar os mais de 500 bolsonaristas condenados pelo vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.