Com as malas na esteira para desembarcar do PL e ingressar no novíssimo PRD, o vereador Isnard Araújo estima que irá levar na bagagem entre três e quatro colegas de Câmara Municipal de Salvador para reforçar a legenda nas eleições de outubro.

O legislador foi flagrado pelo blog no momento em que deixava as dependências da Casa para atravessar a rua em direção ao Palácio Thomé de Souza. "A minha prioridade é o PRD, montar a chapa, montar a nominata, e fazer aí no mínimo três ou quatro vereadores", estimou o vereador.

A sigla está sob nova direção, após articulação do prefeito Bruno Reis (União Brasil) para atender à sua meta de ter entre oito e 10 partidos na coligação, seis deles "grandes". O plano é obter 60% do tempo de rádio e televisão, bem como abrigar os candidatos aliados que, porventura, estejam insatisfeitos ou ameaçados de perder o mandato em suas atuais agremiações. Com o movimento, seu assessor pessoal Igor Dominguez comanda o DC. Já o auxiliar do gestor e da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), Francisco Elde, assume o PRD, que é derivado da fusão entre o Patriota e o PTB, e terá o número de legenda do extinto DEM.

"Vamos discutir o futuro do 25 aqui na cidade, que para nós é um número super agradável, que remete à história da Bahia, remete à história do eterno Antônio Carlos Magalhães. Então, para nós, vai ser uma grata surpresa o 25 voltar para a disputa", exaltou Isnard.

Apesar de atualmente o Patriota contar com o vereador Átila do Congo e o PTB com Dr. José Antônio, a reportagem apurou que, além de Isnard, os vereadores que estão mais próximos de entrar no PRD são Sabá (PP) e Toinho Carolino (Podemos). No DC, Ricardo Almeida (PSC), Marcelo Maia (PMN) e Leandro Guerrilha (PP) são aguardados. Átila, José Antônio e Fábio Souza, hoje no Solidariedade, dependem de uma conversa com o prefeito para arrematar o arranjo.

De acordo com Bruno Reis, nos próximos dias será realizado um evento de anúncio das arrumações partidárias. Ainda no carnaval, ele revelou que pretende destinar parte do próximo mês à questão eleitoral. "O prefeito vai dedicar mais tempo e mais energia para mudar os partidos, deixar todos os aliados satisfeitos, todos os candidatos satisfeitos. Pacificar o meu time, o meu exército, e depois tomar a decisão de liderar esse exército para a gente ir para a batalha", disse.

Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2024, os vereadores têm de 7 de março a 5 de abril para trocarem de sigla sem que sejam punidos por infidelidade partidária.

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