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Candidato a federal, Alan fala sobre saída de liderança, reforça Neto ao governo, não veta Marçal, mas defende Caiado

Candidato a federal, Alan fala sobre saída de liderança, reforça Neto ao governo, não veta Marçal, mas defende Caiado

"Neto não vai ficar sem um candidato competitivo. Então, eu acho que a gente vai ter um candidato forte e pode ser o Ronaldo Caiado. Eu arriscaria Ronaldo Caiado", apostou o ainda líder da oposição na Assembleia Legislativa

Por Evilásio Júnior

27/11/2024 às 12:53

Atualizado em 03/12/2024 às 17:04

Foto: Evilásio Júnior

Deputado estadual há quatro mandatos e líder da oposição desde o ano passado, Alan Sanches (União Brasil) confirmou que deixará o comando da minoria em função da pré-candidatura à Câmara Federal em 2026.

A partir de fevereiro, a bancada deve ficar sob a chefia de Tiago Correia (PSDB) ou Samuel Júnior (Republicanos). 

"Há um desgaste realmente muito grande do ponto de vista pessoal. Já são dois anos... era para ficar um ano, mas depois fui reconduzido para mais um ano. Eu acho que a gente vai dando a nossa contribuição, mas precisa oxigenar. É um espaço que vai ser ocupado por outro colega e eu acho que a gente tem outros nomes importantes. Eu tenho outros projetos. Agora vou ouvir todas as pessoas que contribuíram com todos esses anos de política, querem que eu tente uma cadeira na Câmara Federal e, assim, a gente vai tentar subir mais um degrau", confidenciou o parlamentar, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Devido ao projeto de chegar a Brasília, ele recusa até mesmo disputar uma cadeira na eleição da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia.

"Eu não penso, não. Eu já fui segundo secretário da Mesa, líder de partido, presidente de comissão, agora por dois anos consecutivos líder da oposição. Acho que eu já ocupei vários espaços na Assembleia Legislativa. Se for para ser líder do União Brasil, se for um consenso, posso ser. Se não, posso ser vice-líder da oposição. Enfim, vou continuar contribuindo no espaço onde eu estiver, ou nas próprias comissões que eu faço parte, seja na CCJ ou na Saúde. Como eu disse, vou me dedicar um pouquinho ao trabalho de campo para essa candidatura. Tenho dois anos ainda para percorrer muito pelo estado da Bahia e você sabe que a Câmara Federal é um passo mais largo", avaliou Alan.

Como todo postulante ao Congresso, Sanches depende de uma candidatura forte ao governo do Estado para facilitar a caminhada. Na avaliação dele, embora liste outras possibilidades, o seu partido deve novamente lançar o nome do ex-prefeito da capital baiana ACM Neto.

"Hoje nós temos e, com certeza, teremos cada vez mais lideranças aparecendo. Nós temos o Bruno Reis que teve 80% em uma eleição extremamente difícil. Não é fácil você ir para a reeleição e ter, de cada 10 pessoas, oito te escolhendo. Então, Bruno hoje se consolida como uma liderança gigantesca, não só na Bahia, mas também no cenário nacional. [...] Nós temos também deputados federais despontando, como o próprio Elmar [Nascimento], que vem crescendo. Temos Zé Cocá [PP], com 92% de aprovação na cidade dele [Jequié], e temos ACM Neto. Mas hoje, se você perguntar a Alan, isso aí não é um pensamento do grupo, eu acho que ACM Neto reúne todas as condições. Neto teve praticamente 48% da população querendo ele. Acho ele um homem extremamente criativo, um cara extremamente capaz, que conhece muito de gestão e mostrou isso quando teve a oportunidade na capital", afirmou. 

Na avaliação do deputado, além do aprendizado com os erros na campanha de 2022 – ele cita a escolha de Ana Coelho como vice, a aliança com alguns partidos e a polêmica declaração racial –, ao contrário da tentativa de se afastar da rejeição a Jair Bolsonaro no último pleito, dessa vez o vice-presidente nacional do União terá o reforço de uma candidatura nacional competitiva. 

"Cada campanha é uma campanha. O Lula não vai ser mais a esperança que era, porque estava fora, e Bolsonaro derrapou muitas vezes na própria língua e no próprio discurso dele. Ele fazia com a mão e desmanchava com o pé. Isso foi muito ruim, porque, por exemplo, ele gastou bilhões com a vacina, e no outro dia falava mal da vacina. Então, isso a Bahia não conseguiu absorver. [...] E aí, essa eleição, eu já vejo de uma forma diferente. A gente não viu ainda o Tarcísio de Freitas [REP] se colocar, mas se ele botar o nome, já sai com 10%, pelo tamanho de São Paulo. E hoje tem crescido muito o nome do União Brasil, do governador de Goiás Ronaldo Caiado. É a maior e a melhor avaliação que nós temos na segurança pública entre todos os governadores. Ele conseguiu resolver o problema da segurança, como ele diz, bandido ou muda de profissão ou muda de estado. Ele conseguiu com essa forma de tolerância zero resolver o problema da segurança. Então, hoje a gente vai ter candidato forte. Neto não vai ficar sem um candidato competitivo. [...] Então, eu acho que a gente vai ter um candidato forte também, competitivo, e pode ser o Ronaldo Caiado. Eu arriscaria Ronaldo Caiado", apostou.

Sobre a possibilidade de ingresso de Pablo Marçal no UB, Alan Sanches diz que não vetaria a entrada do candidato derrotado à prefeitura paulistana, mas faz ponderações.

"Eu acho ele um pouco extremista, às vezes. O União Brasil não é de extremo, ele é de centro. Mas Pablo Marçal não deixa de ser também uma personagem que pode agregar. Agrega por um lado, mas tira por outro. Então, isso tudo tem que ser avaliado. Eu não sou pelo veto, não. Depende da posição que ele joga, né? Você tem que saber escalar. Não é para ele chegar sendo técnico. Então você aceita, mas tem que saber onde é que vai escalar ele para jogar. Eu acho que ele é inteligente, preparado, mas às vezes exagera. Em São Paulo eu acompanhei e todo mundo gostava, aquilo chamava a atenção da gente, mas aí eu achei que ele começou meio que a passar do tom. Tem que tomar cuidado, senão, quando você passa do tom, perde a razão", considerou.

Na entrevista, o ainda líder da oposição da Alba também disse "não acreditar" na saída dos parlamentares estaduais Júnior Nascimento, Manuel Rocha, Marcinho Oliveira e Robinho do UB. Todos são ligados ao deputado federal Elmar Nascimento e especulados em legendas aliadas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT).