Aleluia pede 'reflexão' ao PL na Bahia, mas defende continuidade de João Roma

Foto: Evilásio Júnior

Vereador com melhor desempenho do PL em Salvador, reeleito com 9.788 votos, Alexandre Aleluia lamentou o desempenho do partido nas urnas este ano na Bahia. Além dele, apenas Cezar Leite obteve êxito na proporcional na capital baiana.

No plano nacional, se por um lado a legenda foi a que mais conquistou prefeituras entre os 103 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores, inclusive quatro capitais: Maceió (AL), Rio Branco (AC), Cuiabá (MT) e Aracaju (SE), por outro diminuiu o tamanho no estado. 

Este ano, os liberais fizeram apenas um prefeito, Jânio Natal, em Porto Seguro, contra 20 na eleição anterior, e 59 vereadores, ante os 276 eleitos em 2020.

"Tem que rever a forma de, principalmente, montar a chapa e disponibilizar recursos. Eu acho que deve ser um momento de reflexão para o partido e analisar o desempenho eleitoral de cada um. No final das contas, a matemática é implacável e cruel. Essa é a realidade. Então, para mim, em Salvador, por exemplo, o PL poderia ter performado melhor e ter feito no mínimo três vereadores. Tinha tudo para isso e recursos para isso. Esse é um momento de rever as ações e melhorar no futuro", opinou Aleluia, em entrevista ao Blog do Vila. 

Apesar da crítica ao desempenho, o vereador assegura não integrar o grupo de correligionários que pressionam internamente pela saída do ex-ministro da Cidadania no governo Jair Bolsonaro, João Roma, da presidência da sigla.

"De forma alguma. Eu não acho que esse é o caminho de melhorar a performance do partido. Me dou bem com o João Roma, inclusive me reuni com ele essa semana. Eu acho que é só um momento de reflexão. O João Roma faz sim um bom trabalho, agora tem que repensar Salvador", ponderou Aleluia.

Deputados estaduais como Diego Castro e Leandro de Jesus, além da candidata a senadora em 2022, Raíssa Soares, pedem substituição no comando do PL baiano.