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Aleluia nega que pai comandará PL na Bahia: 'Não tem nenhuma iniciativa nossa. Eu garanto'
Aleluia nega que pai comandará PL na Bahia: 'Não tem nenhuma iniciativa nossa. Eu garanto'
Vereador reconheceu "dura realidade da matemática" após diminuição do partido no estado, mas reafirmou defesa de permanência de João Roma e cobrou espaço na gestão de Bruno Reis: "A gente está no barco e já atravessou o rio. Então, vai ter a cara do PL ou não vai?"
Por Evilásio Júnior
07/11/2024 às 13:01
Atualizado em 14/11/2024 às 11:37
Foto: Evilásio Júnior
O vereador Alexandre Aleluia negou a hipótese de o seu pai, o ex-deputado federal José Carlos Aleluia, que é filiado ao União Brasil, assumir o PL da Bahia para "pacificar" o partido, em função da crise instalada internamente após o resultado das urnas.
Na eleição deste ano, os liberais fizeram apenas um prefeito no estado, Jânio Natal, reeleito em Porto Seguro, contra 20 na eleição anterior, e 59 vereadores, ante os 276 de 2020.
"Meu pai não tem nada a ver com isso aí. Não tem nenhuma iniciativa nossa. Eu garanto. Conversei com Aleluia sobre o assunto. Ele está na vida privada... Não está na nossa alçada como missão, como objetivo", assegurou o edil, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Apesar de reiterar a defesa pela permanência do atual presidente da sigla João Roma, Alexandre admitiu haver motivos para a insatisfação de parte dos seus correligionários. Da mesma forma, ele os advertiu sobre a empolgação com os possíveis reflexos locais da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.
"Tem opiniões, mas tem a dura realidade da matemática. Não dá para escapar disso. A matemática não foi boa. A matemática é a mais pura imposição da realidade. Foram dois vereadores em Salvador, 50 e poucos no estado, um prefeito que já era prefeito, que é o Jânio. Não teve uma performance condizente com os 20% de tempo de TV, 99 deputados e maior partido do Brasil. Fato. Eu acho que é o momento de o partido refletir sobre as configurações locais. Tem que refletir? Tem. Não adianta falar que Trump vai salvar o PL, porque não vai. Mas eu também não acho que o caminho seja uma virada de mesa. Acho que João Roma pode, muito bem, encarar e trilhar essa reconstituição", opinou.
O vereador comentou ainda os processos disciplinares abertos contra os deputados estaduais Diego Castro, Vitor Azevedo e Raimundinho da JR – por descumprirem o estatuto partidário – e da ex-candidata a senadora Raíssa Soares, que teria utilizado um meio de comunicação para atacar o ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Todos podem ser expulsos da sigla.
"Eu sou favorável a julgamentos iguais dos que foram denunciados. Acho que tem fatos concretos e objetivos, nos casos de Victor Azevedo e de Raimundinho, que confrontaram uma determinação do partido, ao apoiar o governo. Diego Castro teve uma situação lá em Barreiras, em que ele apoiou a candidatura do Novo [Davi Schmidt], quando nós tínhamos candidato a vice [Tulio, na chapa encabeçada por Otoniel, do União Brasil] na cidade. Já em relação à doutora Raíssa, eu não conheço o processo. Não sei qual é a questão", ponderou.
Integrante da base aliada de Bruno Reis (UB) na Câmara Municipal, Alexandre Aleluia ainda cobrou a participação da agremiação no segundo mandato do prefeito soteropolitano. "A gente está no barco e já atravessou o rio. Então, vai ter a cara do PL ou não vai?", indagou.
Confira a entrevista na íntegra: