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Augusto diz que Bolsonaro será 'bigorna' para Bruno, defende Geraldo, mas revela: 'PCdoB não reivindica vice'
Augusto diz que Bolsonaro será 'bigorna' para Bruno, defende Geraldo, mas revela: 'PCdoB não reivindica vice'
"Vice-governador fez uma autocrítica pública sobre a trajetória dele na política ligada ao grupo de ACM Neto, Bruno Reis e companhia. Eu não tenho procuração para defendê-lo, mas hoje ele tem se comprometido com outra agenda e a gente vai cobrar e pedir o compromisso", afirmou o ouvidor-geral da Câmara Municipal, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Por Evilásio Júnior
07/05/2024 às 06:00
Atualizado em 07/05/2024 às 06:00
Foto: Reprodução / YouTube
O vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB) negou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, ser um dos integrantes da base aliada ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) insatisfeitos com a escolha do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) para ser o candidato a prefeito da capital baiana apoiado pelo Palácio de Ondina.
Na avaliação do ouvidor-geral da Câmara Municipal de Salvador, mesmo que o emedebista tenha sido um dos líderes de processos combatidos pelas siglas de esquerda quando comandou o Legislativo soteropolitano, a exemplo das desafetações de áreas verdes e aumento do IPTU, o grupo precisa dar um crédito ao vice-governador.
"Geraldo fez uma autocrítica pública sobre a trajetória dele na política ligada ao grupo de ACM Neto, Bruno Reis e companhia. Eu não tenho procuração para defendê-lo, mas ele já explicitou publicamente o seu arrependimento de ter caminhado com essas figuras. No entanto, a gente precisa valorizar o fato de que nós temos uma construção coletiva no campo da esquerda, já há algum tempo, que tem se posicionado contra essas decisões que foram tomadas pelo Município [...], mas isso não invalida a contrução de pontes e diálogos. Hoje ele tem se comprometido com uma outra agenda e a gente vai cobrar e pedir o compromisso", disse o edil, ao afirmar que hoje mantém "uma relação cordial" com o vice-governador, embora tenha criticado decisões dele enquanto presidente da CMS.
Entretanto, do outro lado, Augusto acredita que a aliança entre o prefeito Bruno Reis (União Brasil) e o PL causará impactos na tentativa de reeleição do atual gestor.
"O apoio do partido de Bolsonaro pode se transformar em uma bigorna para o prefeito da cidade. Eles [grupo do prefeito] não são amadores e é óbvio que sabem que a rejeição ao ex-presidente é muito grande em Salvador e eles vão tentar esconder, como uma tática eleitoral, mas no fundo sempre estiveram do mesmo lado. Acho que boa parcela do eleitorado deve mudar o voto, ou no mínimo repensar", apostou.
Em relação à disputa pela vice da chapa majoritária encabeçada por Geraldo, Vasconcelos revelou que a legenda comunista não pretende ocupar o espaço, apesar de o nome da secretária estadual de Promoção da Igualdade, Ângela Guimarães, ser especulado nos bastidores como uma das opções.
"Eu nunca vi Ângela se declarando candidata a vice, aliás não tem ninguém fazendo campanha para ser vice. Agora, sem dúvida alguma, se Ângela fosse a escolhida seria um excelente ganho para a chapa, mas o PCdoB, enquanto organização política, não está reivindicando espaço na vice. O foco do PCdoB é aumentar a sua bancada de vereadores nessa eleição", declarou.
Além de Augusto, o PCdoB conta com Hélio Ferreira na Câmara e terá direito a indicar 13 candidaturas na chapa da federação com o PT e o PV.
Confira a entrevista na íntegra: