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Cacá descarta deixar PP e voltar para o governo, mesmo que partido retorne à base
Cacá descarta deixar PP e voltar para o governo, mesmo que partido retorne à base
"Vou trabalhar para que o Progressistas continue na oposição e tenho certeza absoluta que influenciarei muito na decisão que o partido vai tomar em 2026. A posição do nosso presidente Ciro Nogueira [senador pelo Piauí] vai fazer toda a diferença", considerou o presidente municipal do PP, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM
Por Evilásio Júnior
12/09/2024 às 00:00
Atualizado em 24/09/2024 às 15:54
Foto: Evilásio Júnior
Rompido com o governo liderado pelo PT na Bahia desde quando o seu pai e deputado federal João Leão ainda estava como vice-governador, em 2022, o presidente municipal do PP, Cacá Leão, negou a hipótese de deixar o partido, mesmo que seja confirmado o regresso da legenda à base do chefe do Executivo estadual Jerônimo Rodrigues.
Na avaliação do dirigente, independentemente de o Palácio de Ondina chegar a um acordo com a direção progressista baiana, o pacto não significará adesão instantânea ao projeto eleitoral do governador.
"Descarto deixar o meu partido, que sempre respeitou a posição de todos, seja minoria ou seja maioria. Se maioria decidir, nesse momento, migrar para a base do governo, vai ser uma decisão que o partido vai tomar chancelada pelo presidente Mário [Negromonte Júnior, deputado federal], mas isso não quer dizer que o partido estará nas eleições de 2026 com o governador, se ele for candidato à reeleição", argumentou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Cacá apostou ainda em uma interferência da executiva nacional para barrar o movimento liderado, sobretudo, pelos integrantes da sigla na Assembleia Legislativa.
"Os deputados estaduais já estão no governo. A decisão de voltar, de o PP ocupar cargos no governo, não compete a mim; compete ao presidente Mário. É uma decisão que ele vai tomar no momento oportuno. Se o partido decidir que vai ingressar, que vai ocupar oficialmente cargos no governo, isso não significa que a aliança para 2026 está feita. O que eu tenho discutido internamente é que 2026 vai ser discutido em 2026, baseado no cenário nacional. Nós vamos ouvir as lideranças nacionais do nosso partido que, com certeza, terão uma influência muito grande nos rumos que o Progressistas tomará não só na Bahia, mas também nos outros 26 estados. Eu continuarei defendendo a minha posição, que é estar na oposição, independentemente de o partido estar no governo ou não. Vou trabalhar para que o Progressistas continue na oposição e tenho certeza absoluta que influenciarei muito na decisão que o partido vai tomar em 2026. A posição do nosso presidente Ciro Nogueira [senador pelo Piauí] vai fazer toda a diferença", salientou.
Sobre o seu próprio projeto futuro, no entanto, ele ainda não admite que tentará voltar à Câmara dos Deputados no próximo pleito. "A decisão de 2026 vai acontecer ainda em 2024, talvez no começo de 2025, mas após a eleição. Se a decisão for retomar uma vaga, uma candidatura à Câmara dos Deputados, vou me esforçar o máximo possível e podem ter certeza: se a decisão do povo da Bahia for essa, voltarei melhor, mais obstinado, mais maduro e, com certeza, com mais vontade ainda de trabalhar pela Bahia", prometeu.
Atualmente, em função da campanha municipal, Cacá Leão está licenciado da Secretaria de Governo da Prefeitura de Salvador. Deputado estadual de 2011 a 2014 e federal de 2014 a 2023, ele tentou uma cadeira no Senado em 2022, na chapa encabeçada por ACM Neto (União Brasil), mas não obteve êxito.
Confira a entrevista na íntegra: