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Caso Binho Galinha: 'Se o Ministério Público provocar, aí nós temos que nos pronunciar', diz Galo

Caso Binho Galinha: 'Se o Ministério Público provocar, aí nós temos que nos pronunciar', diz Galo

Vice-presidente do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa advertiu ainda que "esse é um movimento muito cuidadoso porque envolve a vida de um parlamentar". Deputado é investigado pela Polícia Federal, que o aponta como chefe de uma organização criminosa em Feira de Santana

Por Evilásio Júnior

05/06/2024 às 06:00

Atualizado em 05/06/2024 às 06:00

Foto: Reprodução / YouTube

Vice-presidente do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa, Marcelino Galo (PT) atribuiu à falta de "provocação" da Promotoria de Justiça da Bahia o não andamento do caso do deputado estadual Binho Galinha (PRD) no colegiado. Até o momento, segundo o petista, a Casa não recebeu denúncia formal sobre a investigação.

O parlamentar é o principal alvo da Operação El Patrón, da Polícia Federal, que o aponta como chefe de uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada e milícia em Feira de Santana. Como tem foro privilegiado, apenas a Casa pode derrubar a prerrogativa, por meio da cassação do mandato, para que ele responda ao processo no Judiciário como um cidadão comum.

"Essa comissão tem que ser provocada. O deputado está na condição de investigado. Até esse momento, a gente tem conhecimento que a investigação está acontecendo porque está na imprensa, mas essa comissão não foi provocada oficialmente para que se manifeste. Na Assembleia, nós temos que seguir o que tem na legislação e garantir o ritual desse processo. Se o Ministério Público provocar, aí nós temos que nos pronunciar. E tem outra coisa, esse é um movimento muito cuidadoso porque envolve a vida de um parlamentar e que não se pode discutir em público essa situação", advertiu Galo, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

De acordo com o deputado, de todo modo, qualquer manifestação da Alba sobre o caso teria que ser feita pelo presidente do grupo, Vítor Bonfim (PV). "Existe um acordo dentro do próprio conselho de que quem se manifesta sobre o conselho é o presidente", revelou.

Apesar da cobrança da imprensa e da sociedade por uma resposta do Legislativo, o vice-presidente também ratificou que o conselho não foi formado especificamente por causa de Binho Galinha. 

"Primeiro, é preciso a gente esclarecer que a comissão de ética é regulamentar. Ela está prevista. Então, a Assembleia Legislativa tem o seu conselho de ética, que tem que funcionar de forma permanente. Ele não foi criado para apreciar a situação de um deputado e sim para acompanhar o comportamento regimental, ético, de qualquer deputado", argumentou Marcelino Galo.

Ao todo, a operação já executou dez mandados de prisão preventiva, 33 ordens de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, com o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. Quinze pessoas foram denunciadas ano passado pelo MP e a mulher de Binho Galinha, Mayana Cerqueira da Silva, segue presa preventivamente.

Confira a entrevista na íntegra: