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Após vencer eleições sem sustos, partidos promovem Halloween para Bruno
Após vencer eleições sem sustos, partidos promovem Halloween para Bruno
Na Coluna do Blog do Vila desta semana, confira quem são os vereadores favoritos para compor o próximo secretariado; União, PSDB, PP, PDT e Republicanos podem emplacar até cinco nomes, mas conversas se iniciarão no fim do mês, após eleição de Camaçari
Por Evilásio Júnior
16/10/2024 às 06:05
Atualizado em 23/10/2024 às 10:47
Foto: Divulgação | Montagem: Blog do Vila
Ao contrário do primeiro secretariado, em que apenas dois vereadores eleitos foram nomeados para integrar o primeiro escalão – o republicano Luiz Carlos (Infraestrutura e Obras Públicas) e Kiki Bispo, hoje no União Brasil (Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer) –, este ano o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), terá até cinco edis secretários.
Aliados confidenciaram ao Blog do Vila que a "tradição" das últimas administrações do Palácio Thomé de Souza recomenda a acomodação de no máximo três, mas o apetite das legendas aliadas, em função do aumento da bancada – ao menos 34 entre os 43 legisladores –, está mais insaciável.
Com um trabalho hercúleo para acomodar as pretensões das siglas, o chefe do Executivo soteropolitano irá conversar com as lideranças partidárias depois do segundo turno em Camaçari, marcado para o próximo dia 27.
Embora algumas definições já estejam pré-acordadas e, portanto, sacramentadas, ainda há a possibilidade de ter que "arrumar a vida" de confrades metropolitanos, caso a candidatura de Flávio Matos dê com os burros n'água.
O fato é que os principais postulantes e favoritos a serem atendidos são o União, PSDB, PP, PDT e Republicanos. Tal qual ocorreu em 2020, quando a lista oficial foi divulgada em 28 de dezembro, a expectativa é de que o anúncio dos nomes seja feito próximo ao Natal.
Duda aceita Sempre; Marcelle quer Secis
Mais uma vez com a maior bancada eleita, com sete vereadores, nos corredores da Câmara o comentário é de que o União Brasil poderá ter até dois edis secretários.
O Blog do Vila checou os nomes que despontam com mais força: Duda Sanches e Marcelle Moraes, que tem mesmo como seu principal objetivo retornar à Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Proteção Animal (Secis).
Duda é cotado para a Promoção Social, Combate à Pobreza, Esporte e Lazer e toparia o desafio em uma pasta de peso, a exemplo da Sempre. No entanto, ele não aceitaria "tapar buraco", como na também especulada Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur).
Caso decline, é sabido que Kiki Bispo está inteiramente à disposição. Ao contrário de outras informações que chegaram a circular, efetivamente, o nome de Paulo Magalhães Júnior não é ventilado.
Caso confirme os dois secretários, o UB terá os retornos de Palhinha e Cátia Rodrigues, que ficaram nas duas primeiras suplências. A volta do primeiro é dada como certa.
Cris ou Daniel? Felipe Lucas tem que subir
Um dos partidos que mais cresceram na Câmara, o PSDB também será um dos que terão a equação mais difícil a ser resolvida. Se na pré-campanha havia o compromisso de devolver a Educação aos tucanos – hoje em Belo Horizonte, Bruno Barral foi titular da pasta no segundo mandato de ACM Neto –, atualmente se fala até na criação de uma nova secretaria para acomodar o partido.
Caso a Smed entre na cota da agremiação, o nome mais forte é o de Cris Correia, que preside a comissão do setor no Legislativo, mas há uma dívida de gratidão com Thiago Dantas. Coringa em várias pastas da prefeitura, foi lá que ele ajudou – e muito – a reeleição da vereadora do ex-prefeito, Roberta Caires (PDT), antes dada como carta fora do baralho.
Assim, de acordo com informações de bastidores, há a hipótese de fragmentar a Secretaria de Cultura e Turismo a fim de Daniel Alves, ligado ao segmento de bares e restaurantes, ser convidado a assumir a segunda perna.
No entanto, para a conta dar certo, duas questões precisam ser sanadas: a incerteza da permanência de Pedro Tourinho na Secult, que tem convites para retornar ao setor privado, e o convencimento ao vereador, que só aceita a indicação se tiver total controle sobre a Saltur, comandada há quase uma década por Isaac Edington.
O consenso é de que o primeiro suplente Felipe Lucas, postulante que mais arrecadou recursos na Federação PSDB-Cidadania – R$ 200 mil apenas do proprietário da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello, um dos dez maiores bilionários brasileiros, conforme a Forbes – tem que subir.
Roberta na SPM; Omar fora
Por falar na dúvida sobre a entrega da Educação ao PSDB, devido à reeleição de Roberta Caires, uma certeza paira entre os vereadores: a colega é a pedetista mais cotada a integrar o primeiro escalão.
Nos bastidores é dado como ponto pacífico que ela assumirá a Secretaria de Política para as Mulheres, Infância e Juventude, o que mataria três coelhos em uma só cajadada.
Tanto realizaria o sonho dela desde os tempos de DEM Mulher, quanto a livraria da ciumeira de seus pares na Casa gerada pela campanha. Ainda abriria espaço para o ingresso do primeiro suplente Zilton Krüger Netto. Ele é afilhado político do presidente do PDT em Salvador e deputado federal Leo Prates.
Em tempo, citado em algumas rodas, o Blog do Vila apurou que o mais votado do partido, Omar Gordilho, pretende assumir o mandato para ter experiência legislativa, no mínimo, pelos próximos dois anos.
PP é o mais voraz, mas vive dilema
Um dos mais vorazes partidos da base de Bruno, o PP já reuniu esta semana lideranças, vereadores e até os seis primeiros suplentes para discutir o espaço que o partido pretende ter na próxima gestão.
Atualmente, a sigla comanda a pasta de Governo, com seu presidente municipal Cacá Leão, mas bateu o martelo de que vai pedir a Secretaria de Saúde e a Limpurb.
Na Empresa de Limpeza Urbana, ok, mas o problema é que faltam nomes com experiência administrativa entre os vereadores da legenda, conforme seus próprios pares, para assumir um cargo tão importante no primeiro escalão. O único com o perfil seria Maurício Trindade, que avisou ao blog que não quer.
Neófito, Jorge Araújo deve assumir a cadeira de deputado federal em março, mas a licença do titular João Leão será de apenas quatro meses.
O atual vereador e primeiro suplente a partir de janeiro, Sandro Bahiense, já tinha dado o tom da cobrança, ao dizer que o "prefeito é muito justo e não deixaria um grande vereador de fora".
Tudo será definido em novembro, com o retorno de Cacá ao Palácio Thomé de Souza. Exausto com a campanha, o dirigente progressista vai tirar 15 dias de descanso após o fim da batalha em Camaçari.
Luiz Carlos segue favorito no Republicanos
Com quatro vereadores eleitos, outra certeza entre os legisladores é que o Republicanos novamente terá um vereador no secretariado.
Para surpresa de "zero pessoas", o principal cotado é o presidente municipal da sigla, Luiz Carlos, antes campeão e agora terceiro mais votado da Câmara.
Ex-titular de Infraestrutura e Obras Públicas, a tendência é de que ele retorne ao posto. No entanto, devido ao possível inchaço de edis no primeiro escalão, a tendência é que ele entre na cota pessoal do prefeito.
Apesar de o reserva imediato ser Beca, na última segunda-feira (14), o segundo suplente Mala já compareceu à CMS para pressionar. Bradou aos quatro cantos que o partido terá dois secretários e ganhou o codinome de "sem alça" por alguns.
Ricardo Almeida e PL prejudicados pelo inchaço
Outro quadro considerado como um dos melhores perfis para o Executivo entre os integrantes da Câmara, Ricardo Almeida (DC) pode ficar de fora da formação do primeiro escalão, justamente pelo inchaço de partidos a serem atendidos pelo prefeito.
Como a sua agremiação elegeu apenas dois vereadores – além dele, o novato Alex Alemão –, apesar da ligação do presidente do Democracia Cristã, Igor Dominguez, com Bruno Reis, a legenda não deve ser contemplada.
Até o momento, nenhuma sinalização de que Sabá Carvalho poderá deixar a suplência em 2025 foi dada pelo Palácio Thomé de Souza.
Outro que deve seguir inicialmente fora do mandato é o Soldado Prisco, primeiro suplente do PL. O partido garantiu cadeiras para Alexandre Aleluia e Cezar Leitte e até poderá integrar o secretariado, mas não com legisladores.
Fim de uma era
Filiado ao Republicanos após 20 anos de MDB, prestes a completar 76 anos, no próximo dia 20 de dezembro, e oito mandatos consecutivos, o vereador Alfredo Mangueira vai se aposentar das disputas eleitorais ao fim da atual jornada.
Aos mais próximos, ele confidenciou que este foi o último pleito que disputou. Sem lograr êxito, com 3.437 votos, e na sétima suplência do partido, o edil decidiu descansar e cuidar da saúde.
No início da campanha, Mangueira chegou a ficar dez dias internado e passou o Dia dos Pais no hospital.
Mesmo sem combinar nada com Bruno Reis em relação ao futuro, o vereador disse estar disponível, caso seja chamado a colaborar, desde que não seja algo que precise subir, descer e enfrentar apuros.