Daniel Alves confia que Bruno Reis cumprirá acordo e Rodrigo Alves será o novo secretário de Educação: 'Acredito que será ele'

Foto: Evilásio Júnior

Líder do PSDB na Câmara de Salvador, o vereador Daniel Alves disse acreditar que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) irá cumprir o acordo de devolver a Secretaria Municipal de Educação aos tucanos na próxima reforma administrativa. 

O nome pretendido pelo partido é o do atual titular de Gestão, Rodrigo Alves, que disputa a indicação com o atual chefe da Smed, Thiago Dantas, indicado pelo vice-presidente nacional do UB, ACM Neto.

O acerto foi firmado conforme o desempenho eleitoral da federação composta pela sigla e o Cidadania, que cresceu de quatro para seis cadeiras no Legislativo, após a vitória de Rodrigo Amaral e Isabela Sousa e a reeleição do presidente da Casa, Carlos Muniz, Cris Correia, Téo Senna e o próprio Daniel.

"Existe essa conversa, existe esse acordo. Naturalmente, nós mostramos o tamanho do PSDB, da federação, porque o Cidadania também faz parte da federação, e fizemos a segunda maior bancada. Então, mostra realmente o tamanho que o PSDB tem aqui em Salvador. Rodrigo [Alves] é um excelente gestor, assim como Thiago também é um excelente gestor. A Educação já era do PSDB e, em um determinado momento, o prefeito pediu para colocar Thiago e ele fez um bom trabalho. Naturalmente, o nome defendido pelo PSDB, sobretudo por Adolfo Viana [presidente estadual tucano] e Carlos Muniz [também presidente da federação], é o de Rodrigo. Então, eu acredito que será ele. Claro que quem deve nomear é o prefeito Bruno Reis, essa decisão é do prefeito, mas existe sim essa conversa", reconheceu o edil, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Na avaliação de Alves, o movimento "Fica, Thiago", promovido pela sua colega de CMS Roberta Caires (PDT), é compreensível, mas efetivamente não deve vingar. "Eu acho natural o movimento de Roberta, até como gratidão a Thiago, que teve uma participação muito grande na campanha dela. Mas não é uma coisa que a gente, aqui do PSDB, termine debatendo internamente, porque já tem esse acerto. Nunca fica muito mais além do que aqueles movimentos de Roberta no plenário", declarou. 

O líder tucano também apoia a criação da Secretaria de Esporte e Lazer, almejada pelos correligionários Téo Senna e Felipe Lucas, primeiro suplente do PSDB na Câmara. No entanto, diz não acreditar que a pasta sairá do papel, pelo menos no início do segundo mandato de Bruno. 

"Então, acredito que as mudanças serão pequenas. Não acredito que vai ter. Realmente existe essa vontade de Téo, de Felipe Lucas, de se criar a secretaria. Eu acho que o esporte merece uma secretaria. Eu acho que ela não pode estar ligada à Sempre, apesar de ela ter a parte da promoção social, mas ela tem a transformação de outras coisas, a geração de renda. À prefeitura cabe, sim, mais uma secretaria. No que depender da Câmara, eu posso encabeçar, sim, a criação dessa nova secretaria, do que couber a nós", disse.

Sobre as próximas eleições, Daniel Alves disse confiar no crescimento da legenda, que já foi a principal do país, nos anos em que o sociólogo Fernando Henrique Cardoso comandou o país, e uma das maiores da Bahia, sob a tutela do ex-deputado federal Jutahy Magalhães Júnior. 

"O partido está muito arrumado. A gente conseguiu fazer um grupo de pessoas que convergem na maior parte dos assuntos, no que pensamos realmente para o crescimento da cidade, do estado e do país. Hoje o PSDB está muito alinhado com o grupo de ACM Neto, de Bruno Reis, mas também eu vejo o surgimento de um grupo realmente forte e jovem. Não que os mais antigos não tenham relevância, mas houve uma renovação de lideranças importante para o futuro. Eu, Tiago Correia, Rodrigo Amaral, Rodrigo Alves, Cris, Adolfo... Adolfo é um deputado novo de idade, mas que tem um mandato relevante. Ele é líder nacional do PSDB. Então, o PSDB está se preparando para voltar a ser o que era", apostou.

Fora a composição no legislativo soteropolitano, atualmente o PSDB baiano conta com três deputados estaduais, Jordávio Ramos, Pablo Roberto e Tiago Correia, e apenas um federal, justamente Adolfo Viana.