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Executiva municipal dá 'puxão de orelha', mas mantém Tiago Ferreira no PT; vereador também seguirá líder na Câmara
Executiva municipal dá 'puxão de orelha', mas mantém Tiago Ferreira no PT; vereador também seguirá líder na Câmara
"Eu fiquei radiante naquele dia e disse na reunião da executiva que eu perderia meu mandato, mas não fazia sentido eu ser o dono da festa e não estar na festa. [...] Eu estou com a minha consciência muito tranquila", disse o líder petista na Câmara, em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM, sobre participar de entrega de restaurante ao lado do prefeito Bruno Reis
Por Evilásio Júnior
20/06/2024 às 06:00
Atualizado em 20/06/2024 às 06:00
Foto: Evilásio Júnior
A executiva municipal do PT de Salvador decidiu, em reunião na última terça-feira (19), manter o vereador Tiago Ferreira em seus quadros, após o líder do partido na Câmara participar da inauguração do Restaurante Popular Vida Nova, na Fazenda Coutos, no Subúrbio Ferroviário, ao lado do prefeito Bruno Reis (União Brasil), na semana passada.
O Blog do Vila, do Portal Salvador FM, apurou que, apesar de correligionários pedirem internamente a expulsão, a direção decidiu apenas dar um "puxão de orelha" no edil e emitir uma resolução para orientar a conduta de todos os candidatos da legenda durante o período eleitoral.
A reportagem confirmou também que o legislador se manterá no comando petista na Câmara. Como a decisão é da bancada, o próprio Ferreira e Luiz Carlos Suíca irão assegurar a permanência, já que, dos quatro integrantes da sigla na Casa, apenas Marta Rodrigues defende a sua saída. Arnando Lessa optou por abster-se.
Em conversa com o blog, Tiago argumentou que o combate à fome sempre foi uma "bandeira" do seu mandato, inspirado no próprio presidente Lula, e que não poderia se ausentar do evento após indicar a chegada da unidade ao bairro onde cresceu e reside. De acordo com ele, o governador Jerônimo Rodrigues, o pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza Geraldo Júnior (MDB) e a presidência municipal do PT foram informados com antecedência sobre a sua participação no que chamou de "ato institucional".
"Eu não cometi qualquer desvio de conduta com relação ao meu partido. Eu sigo uma orientação do governador Jerônimo, estou no PT desde 2007 e não dei nenhum motivo para o partido desconfiar de mim, mas acho que muitas vezes a nossa lealdade e a nossa transparência incomodam", afirmou o vereador.
Um dos principais questionamentos dos seus colegas de legenda foi o fato de ele e Bruno serem carregados simultaneamente pela população. No entanto, Tiago Ferreira garante que o ato foi "inesperado". "Levantaram o prefeito na perspectiva de que ele seria o único protagonista do evento e o povo que me apoia decidiu me suspender também para demonstrar que o pedido foi meu", justificou, ao assegurar que discursou como "oposição" e não manifestou "qualquer palavra de apoio ao prefeito".
"Eu fiquei radiante naquele dia e disse na reunião da executiva que eu perderia meu mandato, mas não fazia sentido eu ser o dono da festa e não estar na festa. [...] Eu estou com a minha consciência muito tranquila", disse o líder do PT na CMS.
Nos próximos dias, ainda haverá apreciação do caso pela executiva estadual.