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Fraga vê Plano de Saneamento como prioridade e fala que Embasa 'precisa assumir compromissos' para continuar
Fraga vê Plano de Saneamento como prioridade e fala que Embasa 'precisa assumir compromissos' para continuar
Criticada duramente a campanha à reeleição do prefeito Bruno Reis, que a chamou de "pior concessionária da Bahia", empresa pública estadual pode ser trocada pela iniciativa privada
Por Evilásio Júnior
04/11/2024 às 06:00
Atualizado em 07/11/2024 às 16:02
Foto: Evilásio Júnior
Além do esperado Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), o vereador André Fraga (PV) disse ter "uma expectativa muito grande" para a chegada do Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado (PMSBI) à Câmara de Salvador.
De acordo com o programa de governo apresentado pelo então candidato Bruno Reis (União Brasil) à Justiça Eleitoral, entre os objetivos da medida para o próximo quadriênio estão o avanço e a gestão do saneamento, bem como a implementação de uma concessão dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento na cidade.
Criticada duramente a campanha à reeleição do prefeito, que a chamou de "pior concessionária da Bahia", a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) pode ser trocada pela iniciativa privada.
"O plano vai atuar não apenas na área de água e esgoto, que é hoje concedida à Embasa, mas também na pauta de resíduos sólidos e drenagem urbana. Na pauta específica de saneamento, água e esgoto, a gente espera que a prefeitura consiga encontrar uma solução, seja através da Embasa ou, caso a Embasa não se interesse, através de alguma outra empresa, que possa tirar essa chaga da cidade de Salvador, que são os rios, que são, na verdade, grandes esgotos que chegam nas nossas praias", criticou Fraga, em entrevista ao Blog do Vila, ao ressaltar o impacto turístico da falta de balneabilidade da maioria do litoral soteropolitano. "Desde o Bahia Azul, a Embasa nunca apresentou um grande programa de investimento para Salvador, para a despoluição dos rios e das praias. A gente espera que o plano de saneamento, que vai passar pela Câmara, seja instrumento para dar essa contribuição, na minha opinião, talvez a maior contribuição que a cidade precisa hoje", completou.
O vereador também criticou o chamado "abastecimento de água universalizado" oferecido atualmente. "A gente sabe que muitos bairros de Salvador só têm água de madrugada. Tem muitos bairros de Salvador que, no final de semana, ficam sem água. A Embasa tem uma parte significativa da sua receita proveniente do serviço que ela cobra aqui do cidadão de Salvador, mas deixa muito a desejar na prestação desse serviço", apontou.
Perguntado especificamente se seria favorável à mudança da concessionária, André Fraga negou ter "uma opinião específica" sobre uma possível substituição.
"Se a Embasa assumir o compromisso, eu acho que ela é uma empresa importante, mas precisa assumir compromissos. Qual é o compromisso dela com o Salvador? Ela vai trabalhar pela universalização do tratamento do esgoto? Vai ajudar no esforço da prefeitura em despoluir os rios urbanos? Vai ajudar a cidade a ter praias balneáveis? Acho que a Embasa tem tudo para continuar nesse processo, especialmente pela infraestrutura que já possui. Agora, se ela ficar se amarrando e não apresentar um plano viável e robusto, aí tem que saber quem quer enfrentar esses desafios", finalizou o vereador.
Atualmente, de acordo com a própria organização controlada pelo governo do Estado, a Embasa atende a 366 dos 417 municípios da Bahia com abastecimento de água e 103 com coleta e tratamento de esgoto.