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Kléber Rosa diz que Geraldo e Bruno têm 'a mesma linha ideológica liberal de direita' e defende apoio do governo ao PSOL

Kléber Rosa diz que Geraldo e Bruno têm 'a mesma linha ideológica liberal de direita' e defende apoio do governo ao PSOL

PSOL pretende debater na campanha a tarifa zero no transporte público, uma melhor distribuição de renda na cidade e a "necessidade de uma representação negra" no Palácio Thomé de Souza

Por Evilásio Júnior

05/01/2024 às 08:20

Atualizado em 05/01/2024 às 08:20

Foto: Vagner Souza / Salvador FM

Empatado tecnicamente com Geraldo Júnior (MDB), conforme a última pesquisa AtlasIntel, o pré-candidato do PSOL à Prefeitura de Salvador, Kléber Rosa, acredita que o partido irá atrair o eleitorado de esquerda da cidade. As pautas principais que a legenda pretende debater na campanha são a tarifa zero no transporte público, uma melhor distribuição de renda na cidade e a "necessidade de uma representação negra" no Palácio Thomé de Souza.

No entendimento do cientista social e ativista do movimento negro, o nome apoiado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) não se distancia dos valores conservadores pregados pelo atual prefeito Bruno Reis (União). "Bruno Reis e Geraldo Júnior têm a mesma linha ideológica de direita", sentenciou, em entrevista ao Portal Salvador FM. "A análise que a gente faz é a de que existe um sentimento de resistência do campo da esquerda soteropolitana, que hoje se expressa a partir da nossa pré-candidatura, que acumula a legitimidade da pauta das esquerdas e a legitimidade do debate racial, que costuma ser pauta importante no debate de Salvador, em que pese o fato de a gente nunca ter tido um prefeito negro eleito em Salvador. O debate racial, o debate da representatividade, da legitimidade e da necessidade de uma representação negra na prefeitura de Salvador, é algo que sempre está posto no processo eleitoral", acrescentou. 

Embora admita que o atual gestor é o "favorito" no pleito de outubro, o socialista aposta em um cenário de segundo turno. "Acho que Bruno Reis não ganha no primeiro turno. A pesquisa aponta um grande número de rejeição e a necessidade de mudança. Quem melhor representa a mudança somos nós", analisou, ao completar: "Não estamos na eleição para demarcar posição e, sim, para disputar".

Na avaliação de Kléber Rosa, inclusive, o governo deveria apoiar "uma legítima candidatura de esquerda" para que a dualidade de projetos ficasse exposta, sobretudo, em um eventual segundo turno. "Acho que vale a pena destacar como um dado positivo para nós o fato de que se trata de uma candidatura que tem a robustez para ser a candidatura do governo, de ser o nome que tem estado ao longo de muito tempo ocupando espaço de mídia, com grande visibilidade, acompanhando o governador, inaugurando obras, enfim, à frente inclusive de coordenação de grandes eventos, como foi o caso do São João", considerou. 

Na próxima quinta-feira (11), durante a Lavagem do Bonfim, o "bloco do PSOL" vai contar com o reforço de parlamentares federais e figuras de expressão nacional para reforçar o projeto e "engrossar a caminhada". "O partido está mobilizado e a nossa militância animada. Eu tenho recebido apoios de setores externos ao partido, tanto de figuras da política mesmo, de fora do PSOL, de outros campos partidários, quanto de figuras públicas, artistas e digital influencers", enumerou. Os nomes dos participantes ainda não estão confirmados.