Leo Prates atribui a Félix e Ana Paula distribuição de fundo do PDT e nega acordo para suceder Bruno em 2028

Foto: Mário Agra / Câmara dos Deputados

Embora seja presidente do PDT em Salvador, o deputado federal Leo Prates atribuiu à vice-prefeita Ana Paula Matos e ao comandante estadual da legenda, o também congressista Félix Mendonça Júnior, a responsabilidade sobre a distribuição de recursos do fundo partidário aos candidatos da sigla para a Câmara da capital baiana.

Levantamento realizado pelo Blog do Vila no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou que, entre os seis considerados favoritos na agremiação, Roberta Caires foi a campeã de doações, com R$ 300 mil, seguida por Débora Santana (R$ 250 mil), Omarzinho e Zilton Kruger, cada um com R$ 200 mil. Apesar de estar no mandato, Anderson Ninho recebeu R$ 100 mil e ficou atrás inclusive da ex-vereadora Léo Kret do Brasil, que obteve R$ 150 mil.

De acordo com o parlamentar, antes da distribuição, houve uma reunião com Félix e Ana Paula em que foram acordados os procedimentos e o direcionamento para que o partido cumpra a meta de eleger quatro representantes na próxima legislatura.

"Ficou com os dois a arrumação, até porque Ana Paula é candidata e conhece a inteireza dos candidatos e eu, nessa eleição, não conhecia da força que eles estão, como eles estão, porque esse um ano e meio [em Brasília] me afastou da geopolítica de Salvador e eu entendia que Ana Paula era a pessoa mais indicada para dar a sua opinião. [...] Hoje, o nosso conjunto é muito mais forte do que em 2020, quando dois foram eleitos", comparou, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM. 

Perguntado se a ordem do volume de recursos corresponde à prioridade pedetista, o dirigente se esquivou. "Me inclua fora dessa. Aí é sua bola de cristal. Sou amigo de todos os 44 candidatos do PDT. Torcia para que todos se elegessem, mas infelizmente é inviável. Não faço esse tipo de previsão [risos]", brincou.

Leo Prates ainda negou ter sido pactuado que ele será o candidato do grupo para a sucessão de Bruno Reis (União Brasil) em 2028, caso o prefeito consiga a reeleição. O deputado disse entender que tem "uma leve preferência por ter ajudado o grupo", ao não tensionar a escolha pela continuidade de Ana Paula na vice este ano.

"Eu não escondo de ninguém o meu sonho de ser prefeito de Salvador um dia. Quando vai ser isso, eu não sei. Agora, o meu compromisso com Bruno e ACM Neto foi assim: eu apoio e eles ganham a eleição, porque o que eu quero é o bem da minha cidade. Não tem compromisso de futuro", descartou.

Confira a entrevista na íntegra: