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Marta aposta em influência da COP30 no PDDU e pede que prefeitura acate sugestões
Marta aposta em influência da COP30 no PDDU e pede que prefeitura acate sugestões
Ainda sem base do que será efetivamente debatido no Legislativo, já que a matéria ainda não foi encaminhada pelo Palácio Thomé de Souza à CMS, vereadora cobra pelo menos o envio dos estudos que vão basear o plano
Por Evilásio Júnior
29/10/2024 às 06:05
Atualizado em 31/10/2024 às 10:34
Foto: Evilásio Júnior
Única vereadora do PT na próxima legislatura, Marta Rodrigues acredita que o debate sobre as mudanças climáticas vai impactar diretamente no novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), que deve chegar ainda este ano à Câmara Municipal de Salvador.
Com previsão de conclusão da votação em seis meses pelo presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), a apreciação do projeto se dará concomitantemente à realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, em Belém (PA).
"Pois é, um tema necessário e fundamental para a nossa cidade. No próximo ano vai estar acontecendo a COP30 no Brasil e esse debate está lá, na centralidade da emergência climática. [...] Nós vamos procurar o Ministério Público, a Promotoria do Meio Ambiente, vamos procurar todos os órgãos, todos que a gente tem acesso, para poder dar conta deste debate, porque Salvador antes não aguenta mais. Sofremos com o efeito estufa, muito cimento e derrubada de árvores", criticou a petista, em entrevista ao Blog do Vila.
Ainda sem base do que será efetivamente debatido no Legislativo, já que a matéria ainda não foi encaminhada pelo Palácio Thomé de Souza à CMS, Marta cobra pelo menos o envio dos estudos que vão basear o plano.
"Então, a gente precisa receber para pensar a Salvador dos próximos oito anos. A cidade vai crescer para onde? Como vai ser? Como é que está a educação? Cadê os números para a gente entender a saúde, a assistência social, o emprego, a cultura? Então, nós queremos os estudos e precisamos também que chegue depois o plano. Como o presidente também falou, precisamos fazer um amplo debate de audiências públicas para a gente dar conta da participação popular, chamando as universidades, as entidades, os diversos segmentos que pensam também a questão ambiental e a questão climática. Isso é necessário", pontuou.
Apesar de o último PDDU ter sido judicializado, Marta afirma que a medida não será prioridade da oposição desta vez.
"A nossa estratégia é a gente se apegar aos estudos, debater e apresentar emendas para melhorar o texto. Eu espero que, por parte do Executivo, as audiências, as nossas sugestões e emendas sejam acatadas, senão vai judicializar de novo. Eu sempre digo, nós não fazemos oposição por oposição, mas nós precisamos de dados, dos números e que se aceite também as nossas sugestões", advertiu a vereadora.
De acordo com ela, organizações e setores da população já estão "angustiados" em busca de informações sobre o PDDU.