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Mesmo com possível saída do Novo, Laina defende manutenção de chapa Kleber-Mira: 'Algo inegociável para nós'
Mesmo com possível saída do Novo, Laina defende manutenção de chapa Kleber-Mira: 'Algo inegociável para nós'
Com três candidaturas, eleição deixa de ser plebiscitária entre o candidato à reeleição, Bruno Reis (UB), e o nome do governo, Geraldo Júnior (MDB)
Por Evilásio Júnior
05/03/2024 às 06:00
Atualizado em 05/03/2024 às 06:00
Foto: Evilásio Júnior
A possível saída do Novo da disputa pela Prefeitura não deve interferir nos objetivos eleitorais do PSOL, na avaliação de Laina Crisóstomo, vereadora do coletivo "Pretas por Salvador".
Em caso de confirmação da retirada de Luciana Buck, só a manutenção dos socialistas no pleito impede uma eleição plebiscitária entre os atuais controladores do Município, com o prefeito e aspirante à reeleição Bruno Reis (União Brasil), e Estado, que concorrerá com o vice-governador Geraldo Júnior (MDB).
Em entrevista ao Blog do Vila, do Portal Salvador FM, a legisladora ressaltou que a entrada do historiador Kléber Rosa na corrida pelo Palácio Thomé de Souza não se limita a marcar posição no debate ideológico. Ela descarta qualquer possibilidade de composição com o emedebista em nome de uma unidade governista contra o atual gestor.
"Eu tenho muito respeito ao vice-governador Geraldo Júnior, mas a gente entende que o PSOL é o único partido que toca nas feridas para remexer todo o processo estrutural. Então, a gente vai falar sobre aborto e descriminalização das drogas. A gente vai falar sobre a política que a gente quer construir. A candidatura de Kléber não é uma candidatura apenas de pautar ou de pensar como a gente incide nesse processo ideológico, mas é uma candidatura que a gente acredita ser necessária para Salvador. Salvador é uma cidade preta. A gente tem uma chapa não só de Kléber: é Kléber e Dona Mira. É uma chapa preta e é uma chapa de pessoas que vêm do movimento social, de movimentos negros e de movimentos de luta por moradia. Então, essa composição de chapa é algo que é inegociável para nós", enfatizou a vereadora.
Linha de frente da inédita "mandata coletiva" na Câmara soteropolitana, Laina confirmou ainda que tentará a reeleição novamente ao lado das atuais companheiras Cleide Coutinho e Gleide Davis.
No entendimento da advogada feminista, a vitória em 2020 abriu a possibilidade de novos grupos se unirem com o mesmo objetivo para o pleito de outubro. "É um caminho sem volta, né? Desde que o PSOL elegeu a primeira mandata de mulheres, que é a nossa mandata, tem uma porteira que se abriu e a gente continua arrombando um monte de porta", salientou.
Na avaliação da legisladora, além dos nomes experimentados de Marcos Mendes – ex-integrante da Casa – e o ex-prefeiturável Hamilton Assis, outras companheiras de partido podem adotar a sua estratégia para tentar surpreender este ano. Entre elas a assistente social Márcia Pita e Tâmara Azevedo, que concorreu ao Senado em 2022 e tentou disputar a Prefeitura, mas desistiu da candidatura. A meta é duplicar o número de cadeiras em 2025.
"Nessa atual conjuntura, a gente espera pelo menos dois mandatos do PSOL. Eu acho que o cenário está muito favorável para isso. O conservadorismo e o fundamentalismo têm avançado muito, mas, ao mesmo tempo, também existe todo um processo de luta muito forte. As pautas que a gente defende, das mulheres, LGBTs, negros e negras, para nós tem sido muito caro e muito importante. A gente acredita que pelo menos duas mandatas a gente vai eleger nesse próximo período e ampliar a participação do pessoal na Câmara", apostou.