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Morar Melhor 'não dá dignidade', diz Mira Alves: 'Faz uma máscara, mas a rua está uma bagaceira. Nem saneamento tem'

Morar Melhor 'não dá dignidade', diz Mira Alves: 'Faz uma máscara, mas a rua está uma bagaceira. Nem saneamento tem'

Coordenadora do Movimento dos Sem Teto da Bahia e pré-candidata a vice-prefeita de Salvador pelo PSOL ainda disse "acreditar" na migração dos votos de parte das siglas de esquerda que oficialmente apoiam o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) para Kléber Rosa (PSOL): "Eu ainda não vejo o Geraldo com a mesma sintonia da Fabya"

Por Evilásio Júnior

11/06/2024 às 06:00

Atualizado em 11/06/2024 às 06:00

Foto: Reprodução / YouTube

Coordenadora do Movimento dos Sem Teto da Bahia, a pré-candidata a vice-prefeita de Salvador pelo PSOL, Mira Alves, chamou o programa Morar Melhor da prefeitura de "maquiagem". De acordo com ela, a ação social, que concede até R$ 5 mil para reformas em imóveis, é insuficiente para promover o bem-estar da população mais carente da cidade. 

"Toda ajuda feita em determinado espaço é bem-vinda, tipo uma janela de uma amiga minha que estava toda destruída, ela gostou. O vaso sanitário, o banheiro, coisas assim que foram feitas, mas eu acho que ainda é muito pouco, porque você pinta, faz uma máscara naquela casa, mas a rua está uma bagaceira. Nem saneamento básico tem. Então, esses paliativos, essas máscaras, essas maquiagens que são feitas, sinceramente, não contemplam a questão da moradia e da diginidade", criticou a educadora popular, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.

Outro alvo de Dona Mira foi o transporte público da capital, debatido no último sábado (8), em plenária com jovens da cidade. "Fazendo a escuta com os estudantes, eles pediram a possibilidade de transporte sem pagamento. Catraca livre. É preciso que se organize para que haja", resumiu, ao apontar ainda a situação dos trens do Subúrbio Ferroviário, desativados em março de 2021 para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cuja obra está atrasada. "A situação ficou inviável, por exemplo, para os trabalhadores que vendem peixe no Porto das Sardinhas e pagavam R$ 1 para ir e vir. Não houve uma conversa para ter um transporte para substituir o trem", questionou.

Em relação à possibilidade de migração dos votos de parte das siglas de esquerda que oficialmente apoiam o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) para Kléber Rosa (PSOL), Mira Alves disse "acreditar" que a escolha de Fabya Reis (PT) para compor a chapa não redimiu os insatisfeitos. "Eu acho que o simples fato de colocar uma pessoa ao lado de outra que não tem a mesma postura e estilo de trabalho, eu acho que não é por aí. A minha pré-candidatura e a de Kléber, a gente tem a mesma sintonia. Eu ainda não vejo o Geraldo com a mesma sintonia da Fabya", opinou a pessolista.

Confira a entrevista na íntegra: