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'O que não é acordado, não pode ser cobrado', afirma Ricardo Almeida sobre Geraldo chamá-lo de 'traidor'

'O que não é acordado, não pode ser cobrado', afirma Ricardo Almeida sobre Geraldo chamá-lo de 'traidor'

Vereador do DC acredita que vice-governador o criticou "no calor do momento" e explica o porquê de não ter migrado para a base de Jerônimo Rodrigues: "Eu tenho divergências de ideias no cerne do pensamento ideológico petista. Nada contra o governador, mas no campo das ideias nós divergimos em temas que são, para mim, vitais, que são caros e que eu não abro mão de pensar como eu penso".

Por Evilásio Júnior

10/05/2024 às 06:00

Atualizado em 10/05/2024 às 06:00

Foto: Reprodução / YouTube

O vereador Ricardo Almeida (DC) negou ter feito qualquer acordo com o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) para segui-lo na mudança de grupo político. O emedebista chegou a chamar o edil e o também ex-companheiro de Câmara Sabá Carvalho de "traidores".

"Geraldo Júnior é o vice-governador da Bahia e tomou a decisão dele. Uma decisão que não foi acompanhada por mim nem por nenhum dos dez vereadores que [Henrique] Carballal durante muito tempo falou que iriam migrar para a base do governador Jerônimo. Talvez, no coração de Geraldo, pela nossa amizade, ele pensou que, em algum momento, a nossa amizade seria suficiente para eu mudar de lugar, mas a gente pode continuar sendo amigo e eu me manter onde estou, com a minha coerência. E ele, julgo que foi coerente ao sair, pois estava buscando um lugar ao Sol, ou seja, crescer politicamente. Então, eu acho que no calor da emoção foi dito isso, mas depois, repensado friamente, Geraldo percebeu que não foi bem uma traição, primeiro porque não foi acordado. O que não é acordado, não pode ser cobrado. Nunca foi conversado, nunca foi dito", assegurou o legislador, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, ao desejar "sucesso" ao pré-candidato ao Palácio Thomé de Souza.

Aliado do prefeito Bruno Reis (União Brasil) e evangélico, Ricardo Almeida ainda explicou o porquê de sequer cogitar passar para a base do governador Jerônimo Rodrigues.

"O que acontece é que nunca foi cogitada a minha ida para o grupo do PT, até porque eu tenho divergências de ideias no cerne do pensamento ideológico petista. Nada contra o governador. Tenho muitos amigos no PT, inclusive de a gente frequentar casa. Vou à Assembleia Legislativa em alguns gabinetes petistas, porque tenho essa relação pessoal, mas no campo das ideias nós divergimos em temas que são, para mim, vitais, que são caros, e que eu não abro mão de pensar como eu penso", justificou. 

Em relação ao seu ex-líder político quando estava filiado ao PSC, o atual vice-presidente estadual do Podemos e coordenador da Defesa Civil da Bahia, Héber Santana, o vereador disse respeitar a "virada de folha". 

"Héber é uma pessoa de competência, é um cara capaz, uma pessoa que tem um pensamento político muito próximo ao meu, que acredita no ser humano. A decisão política eu não acompanhei, porque não concordei com ela, mas ele tem toda a liberdade de fazê-la, e fez. Não posso agora dizer que Héber não presta. Ao contrário. Heber é um cara capaz, competente e se Geraldo o chamou foi exatamente por ver essas habilidades e a capacidade que ele tem de aglutinar", elogiou Almeida, ao comentar a possibilidade de o ex-correligionário assumir a coordenação do programa de governo do prefeiturável.

Em relação à sua própria eleição este ano, Ricardo evitou se colocar entre os favoritos – foi o sétimo mais votado em 2020, com 10.026 votos –, mas estimou uma meta ousada para o DC: "Nós temos uma excelente nominata e, se todos os nomes colocados forem confirmados nas convenções, vamos fazer de quatro a cinco vereadores".

Além dele, a sigla conta com outros três detentores de mandato na Câmara – Sabá, Marcelo Maia e Toinho Carolino – e aposta em "celebridades" como Oh Polêmico e Elisângela Brito, mãe do campeão da última edição do Big Brother Brasil, Davi Brito.

Confira a entrevista na íntegra: