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Roma nega expulsão de deputados, cogita Bolsonaro elegível em 2026 e minimiza abraço em Neto
Roma nega expulsão de deputados, cogita Bolsonaro elegível em 2026 e minimiza abraço em Neto
"O que está claro é que nós temos que buscar convergir em um pensamento estratégico. Nós nos cumprimentamos, como nos cumprimentamos em outras situações. Eu repito que, depois do último pleito eleitoral [2022], eu jamais sentei para conversar e discutir esses temas com ACM Neto", revelou presidente do PL na Bahia, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM
Por Evilásio Júnior
27/08/2024 às 13:17
Atualizado em 27/08/2024 às 13:17
Foto: Evilásio Júnior
O presidente estadual do PL, João Roma, minimizou o abraço dado no vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, durante a convenção do prefeito e candidato à reeleição Ednaldo Ribeiro (Republicanos), em Cruz das Almas, no Recôncavo baiano, no início do mês.
Chefe de gabinete do Palácio Thomé de Souza durante a gestão do ex-prefeito, ele rompeu com o antigo aliado após aceitar o convite do ex-presidente Jair Bolsonaro para assumir a pasta da Cidadania. Agora, embora entenda que as duas siglas devem seguir juntas em 2026, quando novamente pretende se candidatar a governador, o ex-ministro admite que ainda não dialogou sobre política com o dirigente do UB.
"O que está claro é que nós temos que buscar convergir em um pensamento estratégico. Nós nos cumprimentamos, como nos cumprimentamos em outras situações. Eu repito que, depois do último pleito eleitoral [2022], eu jamais sentei para conversar e discutir esses temas com ACM Neto", revelou Roma, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM.
Sobre a eleição presidencial, inclusive, o liberal entende que não há plano B no partido, sejam os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), ou mesmo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). "A tese do PL é Jair Bolsonaro. Nós acreditamos que ele terá os seus direitos restituídos. As pessoas estão vendo que já caiu a máscara de Alexandre de Moraes [ministro do Supremo Tribunal Federal] e nós queremos Bolsonaro presidente", projetou.
Em relação aos deputados estaduais Vítor Azevedo e Raimundinho da JR, que também disputa a Prefeitura de Dias D'Ávila, o ex-ministro disse não concordar com o posicionamento deles na Assembleia Legislativa, no entanto negou que irá ceder à pressão de parte dos seus correligionários, sobretudo os bolsonaristas mais radicais, para expulsá-los. "A não ser que surjam elementos que justifiquem dentro dos nossos princípios essa expulsão", completou.
Por outro lado, de acordo com ele, já foram tomadas providências para desfazer a aliança do PL com o PT em cinco cidades do interior – Heldinho (PDT), em Euclides da Cunha, Dai de Léo de Neco (Avante), em Gandu, Dr. Maurílio, em Cândido Sales, Eliete de Ito, em Nordestina, e Professora Mara, em Salinas da Margarida, todos do PSD –, embora as candidaturas sejam de outros partidos.
"Nós acionamos todos judicialmente. Acho que a maioria desses cinco já foi destituída e foram dados termos. Foi dada uma declaração muito transparente da executiva nacional do partido e, aqui, nós reiteramos. Naturalmente, onde o PT estiver de um lado o PL estará do outro", afirmou.
Na capital, com pelo menos sete nomes com potencial de eleição, a exemplo dos atuais vereadores Alexandre Aleluia e Isnard Araújo, os ex-legisladores Cezar Leite, Marco Prisco e Lorena Brandão, o ex-prefeito João Henrique e o influencer André Porciúncula, João Roma admite que "a disputa é muito acirrada", mas salienta que sua "expectativa" é de que o PL conquiste quatro cadeiras na Câmara.
Confira a entrevista na íntegra: