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'Se o STF barrar Adolfo, é natural que o meu nome esteja na discussão', diz Niltinho sobre sucessão na Alba
'Se o STF barrar Adolfo, é natural que o meu nome esteja na discussão', diz Niltinho sobre sucessão na Alba
O progressista pontuou, no entanto, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, que "hoje" o atual presidente Adolfo Menezes (PSD) é "candidatíssimo": "Se houver a candidatura dele, hoje, Adolfo será o nosso candidato. Isso está definido dentro da nossa discussão na Casa. Sendo candidato, Adolfo é imbatível. Isso ele conquistou. Não é uma relação de imposição. Ele conquistou a confiança da grande maioria dos deputados na Casa".
Por Evilásio Júnior
17/05/2024 às 06:00
Atualizado em 17/05/2024 às 06:00
Foto: Reprodução / YouTube
Líder do PP na Assembleia Legislativa da Bahia e um dos autores da PEC da Reeleição, ao lado do correligionário Nelson Leal, o deputado estadual Niltinho não descartou concorrer à presidência da Casa na próxima legislatura.
A candidatura, no entanto, segundo ele, depende da aceitação dos seus pares e de um possível impedimento do atual comandante, Adolfo Menezes (PSD), em função de uma suposta inconstitucionalidade da Proposta de Emenda à Constituição aprovada em março pela Alba.
Em dezembro de 2022, ao concluir o julgamento de nove ações diretas de Inconstitucionalidade (ADIs), o Supremo Tribunal Federal estabeleceu a modulação de que "só cabe uma reeleição ou recondução dos membros das mesas, independentemente de os mandatos consecutivos se referirem à mesma legislatura". Apenas fogem à regra, conforme o STF, "as composições eleitas antes de 7 de janeiro de 2021". Adolfo foi eleito quase um mês depois – em 1º de fevereiro daquele ano.
"Se o STF barrar, é natural que o meu nome esteja na discussão e no debate, dentro dessa possibilidade. Agora, eu não posso e jamais serei candidato de mim mesmo. Eu não vou pleitear disputar a presidência da Casa se eu não perceber que eu tenho uma maioria ou uma grande parte dos deputados comungando realmente com esse mesmo pensamento. Se assim Adolfo entender que é um nome que vai dar continuidade ao belo trabalho que ele está fazendo e se assim o governador entender que o deputado Niltinho pode contribuir como presidente da Casa mantendo a harmonia dos poderes, mas com a independência necessária. Tem outros nomes que já se colocam como candidatos também e eu não tenho interesse em passar por cima de nenhuma dessas candidaturas. Vou ouvir a cada um deles e, se Adolfo não for candidato, se o STF impedir Adolfo, em dado momento, vamos ver dentro desses nomes quem é que vai conseguir aglutinar", ponderou o progressista, em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Rádio Salvador FM, ao pontuar que "hoje", o atual presidente é "candidatíssimo".
Em 2021, Niltinho chegou a ser lançado postulante à chefia da Alba pela sua legenda, mas posteriormente recuou. "Realmente eu participei de uma pré-disputa à presidência da Casa com o atual presidente Adolfo Menezes. Foi uma disputa saudável, pois nós somos amigos e nos respeitamos muito. Eu acabei recuando da disputa em prol da candidatura de Adolfo Menezes, que foi fruto de um compromisso que foi selado com a participação de alguns deputados e com a presença do então governador Rui Costa. Quem acompanhou na época, durante semanas, havia um sentimento muito forte de que o nosso nome estava realmente alçado na condição de próximo presidente. [...] Mas, se houver a candidatura dele, hoje, Adolfo será o nosso candidato. Isso está definido dentro da nossa discussão na Casa. Sendo candidato, Adolfo é imbatível. Isso ele conquistou. Não é uma relação de imposição. Ele conquistou a confiança da grande maioria dos deputados na Casa", reconheceu o parlamentar.
Em relação a 2026, embora haja especulações de que poderá trocar a atual sigla pelo Avante, por ora, o deputado descarta a possibilidade. "Não tenho pensado em nenhum tipo de mudança nesse momento. O PP tem me respeitado muito. Qualquer projeção de mudança agora é prematura. A janela só vai se abrir em 2026. O desejo no momento é que a gente fortaleça o nosso partido", afirmou.
No bate-papo, Niltinho explicou ainda a situação do G+ – grupo de oito parlamentares composto por ele próprio, além de Rogério Andrade e Mateus Ferreira (MDB), Soane Galvão e Fabíola Mansur (PSB), Eduardo Salles, Hassan e Antônio Henrique (PP) – nas votações da Alba.
Confira a entrevista na íntegra: